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Para as cinco pessoas que se preocupam sobre o assunto

por Rodrigo Moita de Deus, em 11.04.10

 

Um blog não é imprensa e um blogger não é um jornalista. Já estive jornalista e sei a diferença. E como repito não lhes invejo o papel, os direitos ou as responsabilidades. Qualquer pessoa pode bloggar. Empresários, advogados, médicos, políticos assessores e até jornalistas. Gente sem agenda. Gente só com agenda. Qualquer um pode criar o seu próprio media. Esse é o principio deste maravilhoso mundo novo. Qualquer um. Independentemente da sua fama ou influência. E há de tudo. Gente conhecida que não é lida nem tida e gente desconhecida que se torna conhecida.

Um blog não é imprensa e um blogger não é um jornalista. Mas é um media. Com um público.

Em 2007 começámos com esta coisa de acompanhar grandes eventos.  O 31 da Armada foi o primeiro blog a pedir credenciação formal para um congresso partidário. O Bloco de Esquerda foi o primeiro partido a concedê-la. A dupla é inesperada mas foi assim que se passou. Depois disso seguiu-se o PSD e o PS. Videos, fotografias, conferências exclusivas para bloggers. Em 2007 as credenciais diziam imprensa. Na altura tivemos oportunidade de dizer que isso era despropositado. Mantemos.  

Hoje, no congresso do PSD, três anos depois, há mais de uma dezena de blogs activos. Fazem textos, filmes e fotografias. Comentam, participam ou simplesmente fazem humor. Hoje, só o PCP pode achar que faz sentido ter um congresso sem social media. O PCP e alguns presidentes do PSD. Mas a questão da credenciação e do tipo de credenciação continua a colocar-se. Mais ainda na questão dos direitos - onde encaixa a inevitável comparação com o papel dos jornalistas.

Eu não quero ser jornalista. E o 31 da Armada não quer ser comunicação social. De direitos só precisamos de uma mesa e de uma tomada. Só isso. Se nos quiserem sentar com a imprensa, boa. Se nos quiserem sentar com os congressistas, boa.  Se nos quiserem num espaço só nosso, boa também. Desde que haja tomadas.

Mas a verdade é que os blogs têm cada vez mais público, cada vez mais condições e cada vez mais profissionalismo. Qualquer dia temos mesmo que falar sobre isso.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De pedro oliveira a 11.04.2010 às 17:35

Rodrigo, a questão que coloca é pertinente.
Diz «só precisamos de uma mesa e de uma tomada» ou no meu caso nem isso.
Solicitei à assessoria de imprensa do Benfica, enquanto blogger um livre trânsito para o próximo Benfica vs. Sporting e não fiz exigências nenhumas (só não queria era pagar bilhete, claro).
Até agora não responderam...
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De Anónimo a 12.04.2010 às 00:03

lá burro não te podem chamar... mas esqueceste que os outros também podem não ser! já chico esperto, isso sim, é o que te arrisca a que te chamem.
Olha que rica maneira de encher o estádio na 3ª! tenho um bloguesito, deixa-me lá ver o jogo que depois eu mando umas postas.
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De Rodrigo Moita de Deus a 12.04.2010 às 01:32

Há centenas de órgãos de comunicação social que também não estão credenciados no SLB. Ou nos clubes de futebol. Os nos organizadores de eventos. É uma questão de critério da entidade. Critério que também deve ser válido para os social media. Especialmente para os social media uma vez que estes oferecem a possibilidade de cada um fazer o seu próprio meio. 
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De Nuno Miguel Guedes a 11.04.2010 às 18:08

Nem mais. Para a origem, remeto para o editorial do 31. Para o futuro, remeto para o presente do 31.


PS: parabéns pela cobertura. O MOB é inevitável,desde que jures não teres ligações com a Carris. Grande abraço.
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De K2ou3 a 11.04.2010 às 18:26


Meu caro Rodrigo,
"...Já estive jornalista...."?????
Quanto ao restante, não me digas que queres que se "legisle"??
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De Rodrigo Moita de Deus a 12.04.2010 às 01:38


Ser jornalista é outra coisa.
Quanto "ao resto" se a legislação fosse solução para alguma coisa já teriamos dado por isso. Mas seria bom resolver a coisa. E há coisas para resolver. direitos de autor, direito ao bom nome. O direito ao não nome. A autoregulação é um bom princípio.
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De Anónimo a 11.04.2010 às 18:37

Está correcto. «Já estive Jornalista».

A criatividade é de cada um. Image
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De zuzarte a 11.04.2010 às 18:55


e show off? não?
a mim parece-me mais isso...um minuto de fama...se nao sao jornalistas, sao público. logo deviam estar nas bancadas, com uma extenção...para ligar a corrente.
sem tratamento excepcional.
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De Gândavo a 11.04.2010 às 19:17

"uma extenção"... Grande Zuzarte!
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De K2ou3 a 11.04.2010 às 19:40

Meu caro Rodrigo,
Uma dúvida existencial.
Se temos um Panteão Nacional, e muito bem,
Qual o antónimo?.
É preciso espaço p'a caraças, mas convem começar a pensar no assunto.
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De Daniel João Santos a 11.04.2010 às 20:47

Tenho de memoria, no Verão do ano passado pela altura da colocação da bandeira monárquica  na câmara de Lisboa, que alguém disse ao Publico que o 31 da armada queria ser alternativa... ou os blogues deveriam ser alternativas à comunicação social tradicional. 
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De Rodrigo Moita de Deus a 12.04.2010 às 01:40


Parece-me dificil termos utilizado a expressão "alternativa". Os blogs não são uma alternativa. São um media. Como os outros. A natureza é diferente.
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De PALAVROSSAVRVS REX a 12.04.2010 às 02:38

Realmente, ser importante nas TVs faz mal aos gases.
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De PALAVROSSAVRVS REX a 11.04.2010 às 21:13

Caga nisso, ó Moita. Não te dês demasiada importância que faz mal à próstata.
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De tric a 11.04.2010 às 21:22

depois do estado em que o Jornalismo deixou o País eu tambem não queria ser comparado com jornalistas
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De Pedro Roque a 11.04.2010 às 21:56

Que não vos faltem as tomadas!

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