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O Dr. Nogueira Leite, que não me conhece, que sabe que me desconhecem todos os que são conhecidos e que provavelmente pensa que só quem ele conhece se pode dar ao dislate de se pronunciar sobre as suas sentenças, diz coisas. Muitas coisas. E escreve outras. Igualmente em quantidade apreciável. E há para aí quem pretenda que referir-se o nome do senhor para comentar o que ele vai largando é em si mesmo um sinal de obsessão. Mas pode não ser. No meu caso, penso até que não será. Com tantas coisas apetecíveis para captar as minhas obsessões... (Mónica, não seja injusta porque há gente aqui no 31 que gosta muito do senhor).
Aquela conversa (a Marta Rebelo, agora não me enganei!, acha que "entrevista" é termo exclusivo de jornalistas, não sei bem porquê mas não quero contrariá-la) a que me referi é, no meu modesto e livre juízo, um monte de insanidades que aparentam (não, não sou psicólogo), elas sim, um muito mal resolvido complexo social. E gostava de poder comentar o que o senhor diz, porque o disse publicamente, sem que me achem merecedor de apanhar umas cabeçadas ou de levar chumbo (chumbo de armas, presumo, porque os outros, agora chamados "reprovações", já devem ser proibidos, acho eu). Bom seria que eu pudesse parodiar, com os meus fraquíssimos préstimos, o que ele diz sem que se usassem termos como "pequeno tão excitadote" ou "avezinha". (Se ele não me conhece nem conhece ninguém que me conheça, porque ele só conhece conhecidos e não há conhecidos que me conheçam, como é que sabe que sou baixo? ou será que pensa que sou novo? Deixo uma pista: sou mais baixo que novo)
Sejamos sérios. Não ponho minimamente em causa as qualificações académicas ou os méritos profissionais e científicos do Dr. Nogueira Leite. Um Professor Doutor da Nova, meu Deus. Era só que me faltava. Não tenho créditos para isso. Mas acho, o que é diferente, que uma pessoa com tão invejável curriculum não devia dizer ou escrever o que ele diz e escreve, não das ideias alheias, mas das outras pessoas. O que fica claro, e o que é preocupante para mim, pai de filhos, é que um longo percurso educacional, boa parte dele calcorreado no estrangeiro, não é bastante para dar educação.
Posto isto, posso continuar a achar ridícula aquela pretensa luta de classes que habita a cabeça do Dr. Nogueira Leite?