por Manuel Castelo-Branco, em 16.03.07

A propósito desta notícia no Portugal Diário, sobre a decisão de um juiz em não penalizar um condutor apanhado em excesso de velocidade, vale a pena comentar a decisão de Manuel João Ramos, presidente duma associação denominada de "Cidadãos Auto Mobilizados".
A dita associação fundamentalista, possuidora de uma única moralidade do cidadão condutor, tem muitas semelhanças com o partido de Francisco Anacleto Louça, facto, que nem sequer é estranho, pois encontramos muitas vezes membros do dito partido de extrema-esquerda nas agitações populares da referida associação. Alias, a encenação cénica é em muitos casos semelhante, levantando-me dúvidas sobre os seus verdadeiros objectivos ou manipulações menos claras ou se a dita associação não funciona as vezes como uma subsidiária para as questões da mobilidade.
Não conheço Manuel João Ramos nem nada me move contra este cidadão. Já as suas posições públicas são caracterizadas por um fundamentalismo bacoco e pouco inteligente, são possuidoras de uma verdade que considera única e inquestionável que enquadro num fascismo moral pouco aceitável numa sociedade que se pretende livre e plural.
Tal como o Salazarismo bafiento de má memória, também este senhor acha que o cidadão condutor é totalmente incapaz de adequar o estilo de condução as condições da via, ao nível de visibilidade, ao carro que utiliza, etc. Tem de ser o estado a proibir, a castrar, a condicionar aquilo que deve e pode ser a livre escolha de um cidadão responsável.
A mim, nem este Sr nem a dita Associação me representam.
Pena que os únicos movimentos de resposta tenham sido liderados por um homem que acha andar a 200km/h é mais seguro que circular a 100km/h e que com tão fracos argumentos tenha retirado credibilidade ao único argumento válido – a capacidade individual em tomar decisões.
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