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As presidenciais estão a suscitar os mais diversos comentários na blogoesfera e estas passaram a ser tema porque Cavaco Silva promulgou o casamento gay irritando por igual quem exigia de Cavaco Silva os 4 flic-flacs que se esperam de uma alma moderna e quem esperava o veto do chamado “voto católico”. Cavaco não esteve para agradar ninguém e disse o que dele se esperava.
Daqui a chegarmos a doutas considerações sobre tudo e mais umas botas foi um saltinho, parte destes presumem representar gente vária e dizem-se defraudados a propósito de coisas fantásticas. A começar na ideia que o “voto católico” é representado pelas afirmações de Isilda Pegado e similares seja sobre o que for e a acabar na ideia peregrina que Cavaco Silva seria diferente do que sempre foi.
A noção que uma certa direita prepara um candidato alternativo e que represente as verdadeiras aspirações de tal eleitorado chega a ser cómica. Cavaco não foi eleito por ela e ela não elege seja quem for. Cavaco prefere o seu silêncio e agradece o seu protesto. O chamado "voto católico" que se fala por aí não existe e está apenas marginalmente organizado à volta dos lunáticos que se lembraram de convidar Bagão Félix para se candidatar, a maioria está como o próprio: com pouca paciência para disparates e como Cavaco preocupado com as contas e o futuro dos seus filhos. Quanto à discussão sobre qual o bom exercício dos poderes presidenciais é no fundo a leitura que se faz desse exercício ligado como está à própria personalidade de quem exerce o cargo de Presidente. Cavaco só surpreende e desilude quem não o conhecia ou esperava que ele fosse outra pessoa qualquer.