por Rodrigo Moita de Deus, em 21.03.07
Maria José Nogueira Pinto entrou para o CDS em 1996 para ser líder do partido. Nunca foi militante ou apoiante. Foi sempre putativa candidata à liderança. Sempre esteve com os três líderes sem alguma vez estar verdadeiramente com eles.
Menos dois anos depois de ter entrado para o partido, e aproveitando a queda em desgraça de Manuel Monteiro, tentou lá chegar. Tentou e falhou. Foi Paulo Portas que lhe estragou os planos.
Depois do brilharete em Lisboa, e com o desgaste de Ribeiro e Castro, tinha agora a sua segunda hipótese. Foi outra vez Paulo Portas que lhe estragou os planos. Sem espaço no CDS, derrotada pelo inimigo de estimação e incompatibilizada com o PSD só tem um caminho possível.
O prometido abandono do partido não deve surpreender ninguém. E diga Hélder Amaral o que disser, o pretexto não podia ser melhor.
Fica o consolo de ter destruído a estratégia de regresso de Paulo Portas e de ter atrasado um ou dois anos a sua afirmação política.