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«Contra a lapidação, marchar, marchar. Eis o programa para a tarde de hoje, em Lisboa: umas dezenas de ‘humanistas’ vão protestar contra a lapidação de uma mulher no Irão. Para que servem estes cortejos? Para travar a barbárie? Duvidoso. Estas selvajarias, recorrentes no Islão ‘pacífico’, só se travam pelo fim dos regimes teocráticos que reinam por lá. E a menos que haja um milagre interno (uma vitória da oposição; um movimento ‘iluminista’ dentro do Islão; o repúdio expresso da herança Khomeini; e etc.), o fim destes regimes consegue-se por intervenção externa.Estarão os manifestantes desta tarde interessados em repetir as aventuras do cowboy Bush – o mesmo cowboy que eles insultavam com iguais protestos públicos? Cortejos contra a lapidação, de preferência com câmaras de tv por perto, são formas de vaidade: o manifestante abre a gabardine e, em pose exibicionista e masturbatória, mostra ao mundo o tamanho da sua compaixão. Entre a pornografia iraniana e as pornografias lisboetas que se preparam por aí, não sei qual me repugna mais.»João Pereira Coutinho.
Que ninguém me venha com a história das diferenças culturais, da manipulação sionista e imperialista e por aí fora, porque qualquer pessoa com um mínimo de decência e sensibilidade ( seja de esquerda, de direita, do centro, de cima, de baixo) condenará o que está a ser feito a esta iraniana, condenada por ter cometido adultério depois de enviuvar(?????).
Mas ainda que eu mal vos pergunte, alguém leva a sério estas manifs que só servem para as fernandas câncios, as ineses de medeiros, as tenebrosas (e malcriadas) irmãs pires e quejandos exibirem a sua imensa caridade? Não seria mais eficaz, por exemplo, fazer um embargo ao Irão como se fez para a África do Sul?
Já estou a imaginar o que vai suceder: primeiro os membros da “crème da la crème” da intelectualidade e do activismo de bom tom vão encontrar-se no local combinado. Beijinho para aqui, acenos para ali, “olá fofo, que bom ver-te por cá” para acolá e olhares desconfiados e desdenhosos dirigidos a eventuais desconhecidos e wannabes com pretensões a pertencerem ao selecto clube do activismo pelos direitos humanos.
Depois quando chegarem as TV's começam a berrar as palavrinhas de ordem e a agitar os cartazes, tudo em bicos de pés a ver se aparecem nem seja por 2 segundos no ècran.
Quando as TV's se forem embora, acaba a manif, manda-se a Sakineh às urtigas e vão todos acabar a noite nos copos, lá para o Bairro Alto, nos restaurantes, bares e discotecas da moda. E discotecas gay, claro está, pois “tolerância” e modernice oblige, mas só as dicotecas gays BCBG, porque isto somos todos muito giros, muito modernos e muito práfrentex, mas esta coisa da tolerância não é a casa da Joana e não se “tolera” assim o primeiro “mariconço” que nos apareça pela frente. Era o que faltava...
Enquanto se dirigem para esses locais “in”, vão animadamente discutindo e escolhendo (a dedo, evidentemente), qual será a próxima “vítima” da sua caridade.
Se esta gente tivesse que trabalhar em pleno Agosto, a recibos verdes, e chegassem ao fim de semana e tivessem que agarrar no aspirador, esfregona, pano de pó, ferro de engomar, etc., porque isto não dá para pagar mulheres a dias, queria ver se tinham cabeça para manifs caridosas.
PALHAÇOS!