por Alexandre Borges, em 28.03.07
Cunhal era um sedutor e Portugal é uma mulher fácil. Tinha a aura de mistério dos livros assinados com pseudónimo, de jamais revelar a sua vida pessoal, de nunca ter chegado à oportunidade de mostrar quem era porque jamais teve verdadeiro poder. É o one night stand da vida política portuguesa, o amante enigmático, demasiado duro para se deixar desposar, pelo menos, naquelas condições. Teria, se pudesse, dado um ditador maravilhoso. E nós sabemos como Portugal gosta deles brutos.