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Ainda dizem que os políticos não fazem sacrifícios.
Veja-se o bom exemplo do PSD, que ao longo de três meses de pueril inabilidade, arriscou sacrificar a própria credibilidade política, o seu activo mais valioso. Tanta promessa de que não viabilizaria um Orçamento que aumentasse impostos e não emagrecesse o Estado, tanto bater no peito jurando fidelidade à sanidade das contas públicas. E para quê? Para, em nome de uma minudência, se amarrar a este monumento à incompetência, ao esbulho fiscal, ao desleixo estatista e à preguiça mental. E, como bónus, para ficar desde já comprometido com mais uma chicotada de 500 milhões - que o Ministro não demorou a anunciar e a justificar com o que teve de ceder na negociação. Se o PSD a recusar, dará ao PS a narrativa eleitoral da vitimização; se a aceitar, é mais uma traição a quem nele vai confiando.
Sim, o PSD vai-nos violentamente ao bolso. Mas a justiça implica que lhe tenhamos algum respeito: num momento em que lhe seria tão fácil ser a solução, este tortuoso processo fez com que se tivesse de assumir de forma exuberante como parte do problema.
Ainda dizem que os políticos não fazem sacrifícios.