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Política de verdade

por Manuel Castelo-Branco, em 03.11.10

Sempre tive de Manuela Ferreira Leite, a imagem de seriedade mas onde a coerência se misturava com alguma teimosia e obstinação. Foi assim enquanto Ministra da Educação e repetiu mais tarde enquanto Ministra das Finanças. Por detrás de uma analise económica séria, habituei-me a ver nas palavras de Manuela Ferreira Leite, o espelho de uma visão crua e fria de quem percebeu que o País vivia francamente acima das suas possibilidades e gastando onde não precisava.

 

MFL não queria viver no País do faz de conta - um País da mentira e um País do desperdício.

 

Hoje, percebi o engano em que vivi nos últimos anos. Afinal, MFL quer teatro, fingimento, mentira. Afinal, é possível ter um mundo para fora, diferente do que vivemos dentro de casa. É possível ser agressivo à segunda feira no Parlamento e ser passivamente cordato na terça. É possível dizer que não haverá uma terceira oportunidade na quarta-feira para na quinta vir afirmar com o maior desplante, que este é o Orçamento que o País precisa.

 

Afinal temos é de fazer o contrário daquilo que dizemos e não aquilo em que acreditamos. Temos de fingir.

 

Este é o País que temos, mas é também é aquele que merecemos.

 

PS. Numa intervenção no debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2011, no Parlamento, Manuela Ferreira Leite pediu aos socialistas para não manifestarem publicamente desconfiança do PSD, fingindo que são "todos muito amigos", para que externamente Portugal tenha uma imagem de estabilidade.

 

...


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Alexandre a 03.11.2010 às 22:19

Não foi bem isso que ela disse. Eu assisti ao debate pela televisão, e o que ela disse foi que o exterior estava-se marimbando para o que os deputados diziam, mas que o mesmo não se aplicava relativamente ao ministro das finanças, e que era danoso para o país que o ministro da finança mostrasse desconfiança quanto aos motivos "eleitoralistas" que levaram o PSD a aprovar um mau orçamento. E já que ele não era capaz de confiar no "patriotismo" do PSD, ao menos que fingisse "para inglês ver". É um bocadinho diferente.
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De Francisco a 03.11.2010 às 22:49

Na minha opinião este post demonstra uma perspectiva redutora das afirmações de MFL que apenas apresentou a sua visão pragmática acerca da aprovação do orçamento do estado.
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De Manuel Castelo-Branco a 04.11.2010 às 08:25

Eu tb vi, Francisco e Alexandre e o que ela disse foi na forma e no conteúdo incoerente com aquilo que o PSD tinha defendido na véspera. Parece que começa a existir um partido a várias vozes. 
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De Alllgarve a 03.11.2010 às 22:54

O Manuel Alegre é contra a NATO!!!
Já vram onde é que as pessoas mais idiotas do país querem chegar?A presidentes da republica,por sorte existe eleições e por muito que tentem nunca chegam lá!!
Este gajo é meio "atrasado".O homem é tão culto tão poeta e no fim é contra a NATO?
Então o que ele quer é que nós sejamos como a russia que é só fome e miseria e os presidentes vivem como hiper burgueses?
Hã....já percebi.....uma manifestação da burguesia....

 
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De Anónimo a 03.11.2010 às 23:04

Ó  Manel a mim nunca me enganou apesar de ser militante do PSD não votei nela
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De Conde do Tramagal a 03.11.2010 às 23:32

Ao porem-na a discursar em nome do partido,foi mais uma demonstração do deserto que é o Psd. Onde estão os vencedores do congresso? a Dra Manuela saiu pela porta pequena,mas pelos vistos, no Albergue não há melhor....
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De joão santos a 04.11.2010 às 15:06

Caro conde: a 'velha' enxameou o parlamento com a gentinha dela. Nem um ex-apoiante de qualquer ex-opositor foi convidado. Esta é a verdade, o GP do PSD é um mar de cavaquistas, senhores deos 30 e picos dos votos internos e COMPRADOS!

Com tal falta de qualidade, não há lá mais ninguém para falar senão os que desejam o PSD morto. Para isto até já planeiam empurrar esta CPN para a rua.
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De lucklucky a 04.11.2010 às 00:52

Finalmente! Parece que agora e ainda assim só alguns começaram a notar a natureza. Mas fariam bem em ler as suas declarações ao longo dos tempos. Começando pelos seus tempos no Governos.


A senhora sempre disse uma coisa e o seu contrário.
Com 9% de défice em Dezembro de 2009 dizia numa entrevista que o défice não era prioridade noutras dizia que  o combate ao défice era essencial,
numas o Social era para se manter e até reforçar, noutras era para ser reduzido ao mínimo.
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De Anónimo a 04.11.2010 às 10:55

Tenham dó!

Manuela Ferreira Leite tem aquilo que muitos políticos não têm, isto apesar de pertencerem ao sexo masculino: "tomat..." para dizer aquilo que pensa e aquilo em que acredita!

Andava Sócrates a apresentar o TGV no parlamento e Passos Coelho, candidato a líder do PSD, a defende-lo na imprensa, e já Manuela Ferreira Leite alertava que o país não tinha condições económico financeiras para este tipo de investimento! Era acusada de "pessimista", "derrotista" e outros sinónimos menos simpáticos, mas se os seus avisos tivessem sido tomados em conta, provávelmente não estaríamos a viver esta crise.

Manuel Castelo-Branco fala de mentira e fingimento... Provávelmente não estará a referir-se à mentira da passagem de um segundo orçamento com aumento de impostos (do qual aguardo, mais uma vez e por coerência , desculpas...), ou ao fingimento da passagem do orçamento se as condições não fossem aceites...
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De ribas a 04.11.2010 às 12:34

A situação económica do meu País há muito que a desenhei. Anos a fio, vi como se gastava dinheiro a jorros. Eram mais os desperdícios do que os lucros. Foram os equipamentos que se compravam e não se utilizavam no futuro. Foram os imóveis que se abandonaram ou se inutilizaram sem qauisque responsabilidadesUm dia estoirei e escrevi o abaixo, mencionado
Estava para apanhar outro barco sem me despedir de ti, mas resolvi deixar-te esta mensagem de desilusão, pelo passado recente vivido nesta casa. Aqui encontrei de tudo um pouco, os seres racionais e os irracionais. Para vós racionais que me mereceram e merecem o maior respeito, transmito a minha desilusão.</font></p>
em determinado Departamento">em determinado Departamento com responsabilidades, designado por (…). </font></p>

Nesse Departamento fiz de tudo um pouco, coisa que anteriormente alguém se deu ao cuidado de o desempenhar, no seu todo:


-Carregador; mecânico; electricista; motorista, carteiro, latoeiro, operador de reprografia, etc.


Claro que consegui «arrastar» colegas para a colaboração, pois sozinho não poderia levar o barco a bom porto, o que lamento é que ao fim deste tempo no sector a dirigente do departamento não tenha reconhecido nem aproveitado as capacidades dos funcionários sob as suas ordens, o que me deixa muito preocupado, tal o estado de falência profissional do patrão «Estado» que não deve esbanjar a matéria prima ao seu alcance.


Não foi fácil a vida na (…), mas na desportiva tudo se foi resolvendo com maior ou menor brio profissional ao cabo de dois anos.


Para mim, os problemas seguintes surgiram porque teriam forçosamente de surgir e até digo que o problema foi premeditado. Ainda há rastos –

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