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Sempre tive de Manuela Ferreira Leite, a imagem de seriedade mas onde a coerência se misturava com alguma teimosia e obstinação. Foi assim enquanto Ministra da Educação e repetiu mais tarde enquanto Ministra das Finanças. Por detrás de uma analise económica séria, habituei-me a ver nas palavras de Manuela Ferreira Leite, o espelho de uma visão crua e fria de quem percebeu que o País vivia francamente acima das suas possibilidades e gastando onde não precisava.
MFL não queria viver no País do faz de conta - um País da mentira e um País do desperdício.
Hoje, percebi o engano em que vivi nos últimos anos. Afinal, MFL quer teatro, fingimento, mentira. Afinal, é possível ter um mundo para fora, diferente do que vivemos dentro de casa. É possível ser agressivo à segunda feira no Parlamento e ser passivamente cordato na terça. É possível dizer que não haverá uma terceira oportunidade na quarta-feira para na quinta vir afirmar com o maior desplante, que este é o Orçamento que o País precisa.
Afinal temos é de fazer o contrário daquilo que dizemos e não aquilo em que acreditamos. Temos de fingir.
Este é o País que temos, mas é também é aquele que merecemos.
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