Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Desinformação II

por Manuel Castelo-Branco, em 27.01.11

A propósito do meu anterior post, pelo tipo de comentários existentes, vejo que a desinformação promovida pela Ministra Isabel Alçada continua a ter eco.

 

Vamos a factos:

 

As escolas com contrato de associação são, maioritariamente situadas em zonas economicamente carenciadas estão abertas a todos os alunos, em igualdade de circunstâncias, como qualquer escola  estatal. São escolas que não cobram propinas e tal como uma vulgar escola pública, estão abertas a todas as crianças – ricas e pobres, gordas e magras, feias e bonitas. As escolas com contrato de associação não são supletivas às existentes integram a rede de serviço público de educação em igualdade de circunstâncias com as restantes. Adicionalmente, o argumento financeiro apresentado pela Ministra é totalmente falso. Quando compara os custos de uma escola com contrato de associação com uma escola pública, a Ministra foi intelectualmente pouco séria e esqueceu-se de utilizar a mesma base comparativa. Isto é, custo por aluno numa escola com contrato de associação resulta de uma fórmula de cálculo conhecida de todos. Pelo contrário, o custo por aluno numa escola estatal não é conhecido, nem me parece que alguma vez tenha sido calculado.

 

Por fim o argumento que o PS e a Ministra ainda não perceberam. A decisão de onde e como educar as crianças é um direito dos Pais. Estes não são propriedade do Ministério que os usa e abusa para acções de promoção mas, fica incomodado quando estes, em defesa dos seus interesses, protestam contra uma decisão unilateral e injusta do Ministério.

 

Deveríamos estar a caminhar para um sistema onde os Pais poderiam escolher a escola dos filhos, pelo seu curriculum profissional,pelas suas valencias desportivas,  pela sua situação geográfica ou qualquer outro argumento relevante, que que não fosse apenas o critério monolítico definido pela 5 de Outubro. Não é a propriedade da escola que deverá ser a base dos critérios mas sim os resultados apresentados por esta. E até hoje não há ainda ninguém demonstrou que os alunos ( e o contribuinte) saem beneficiados pela transferência da escola com contrato de associação para a escola publica.

 

Desde há uns anos assistimos á crescente estatização e progressiva nacionalização do ensino, o que representa a perda da liberdade de escolha. Hoje, apenas quem tem dinheiro para suportar propinas, tem verdadeiramente capacidade em escolher a melhor escola para o seu filho. Os restantes alunos, infelizmente ficam limitados à escola mais próxima da sua zona de residência. Seja esta boa ou má, seja esta adequada ou não às valências, ambições ou limitações de cada criança. Isto não é liberdade de oportunidades,  nem diversidade de opções. É Estado e mais Estado a entrar na vida dos cidadãos.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Paulo Duarte a 27.01.2011 às 11:09

Peço desculpa pela insistência, mas mantenho o que já tinha escrito, ipsis verbis.
A premissa de que parte é falsa. São raríssimas, para não dizer inexistentes, as zonas carenciadas sem oferta de escolas públicas.E é precisamente aí que o meu caro labora em erro, isto é, que as escolas privadas têm alunos que não pagam nada em zonas economicamente carenciadas e por isso devem ser subvencionadas.Ora, se o Estado tem escolas que podem ser frequentadas sem nada se pagar, suas, próprias, porque razão deve subvencionar ainda outras que têm gestão privada? Não vejo racionalidade nisso, desculpe, mas não vejo. Outra coisa é inverter por completo o sistema de ensino em Portugal, não havendo distinção entre públicas e privadas e o Estado pagar uma quantia fixa por aluno a cada escola, independentemente de serem públicas ou privadas. Mas essa é outra discussão que até me parece válida. Agora o argumento de que as privadas estão em zonas carenciadas sem oferta de ensino público é incorrecto e carece de prova que até agora não vi ninguém fazer. Contudo, a existirem, como já tinha referido antes, devem ser, essas sim, totalmente subsidiadas pelo Estado.</span></div>
Mais. A liberdade de escolha - correcta, legítima, um direito básico mesmo - é correlativa à responsabilidade e á assunção dos custos inerentes. Agora, comer a carne e deixar a conta pendurada para todos pagarem, perece-me ser o mais descarado e esquerdizante dos argumentos. 

Quanto ao resto, qual a diferença entre escolas  e os produtores culturais, agrícolas, rodoviários, etc.? É precisamente esse o raciocínio da esquerda que tudo espera do Estado. Não é essa, seguramente, a posição esclarecida da direita moderna.

Cumprimentos. 

Sem imagem de perfil

De Carlos Lopes a 27.01.2011 às 11:25

Ó Duarte, vê-se mesmo que tu não percebes nada do assunto e que, ainda pior para ti, não queres apreender. Deves ser de cabeça dura. Meteram-te isso na cabeça e aí vai ficar até morreres...
Sem imagem de perfil

De Primo Basilio a 27.01.2011 às 12:00

Quer provas? Vá a Fátima por exemplo, na cidade de Fátima não há uma escola do Estado, a não ser a primária. Há 2 escolas que pertencem à diocese de Leiria e que têm subvenção do Estado. Essas escolas são só as melhores escolas do concelho de Ourém e arredores e ninguém tem de pagar nada para as frequentar, além do mais essas escolas fazem mais pelas crianças carenciadas e pelas suas familias do que a Seg. Social alguma fez ou fará.

Qnd a douta Ministra da Educação na sua eterna e gloriosa sabedoria cortar a subvenção Estatal, ai sim, professores vão ser despsdidos e muito menos crianças poderam ter 1 ensino de qualidade no concelho de Ourém.

Ninguém quer comer carne e deixar a conta para os outros, nem esperamos tudo do Estado.

O que nós esperamos do Estado é q não corte a direito, que analize as várias escolas caso a caso e corte apenas naquelas em que a qualidade de ensino e a qualidade de vida dos estudantes não seja vergonhosamente prejudicada.

Porque uma ministra competente que sabe o que faz e o que tem de fazer, não corta a direito. Cortar a direito é para quem não sabe ou não quer saber.

Sem imagem de perfil

De Paulo Duarte a 27.01.2011 às 12:06


"Agora o argumento de que as privadas estão em zonas carenciadas sem oferta de ensino público é incorrecto e carece de prova que até agora não vi ninguém fazer. Contudo, a existirem, como já tinha referido antes, devem ser, essas sim, totalmente subsidiadas pelo Estado."
Sem imagem de perfil

De nortada a 27.01.2011 às 16:38

Esse milagre só podia ser em Fátima... Mas tem uma explicação. Os pobres nessa zona são tão poucos, que não justificava uma escola. A igreja não faz mais que a sua obrigação e consta no contrato de apoio. Como sempre o estado está sempre por tras, é omnipresente. Mesmo assim, ainda há chulos mal agradecidos...
Sem imagem de perfil

De Primo Basilio a 28.01.2011 às 11:44

Ha pouco pobres em fatima e nas zonas circundantes????
Tu deves ser é louco...  Deixa-t lá de babosadas pseudo-liberais, lê o post todo.
Sem imagem de perfil

De Jota a 27.01.2011 às 14:33

Uma coisa não percebo! Porque é que estes mesmos critérios não vigoram na saúde? Porque é que cada vez mais hospitais são controlados por privados, mesmo não conseguindo oferecer a mesma qualidade?
Sem imagem de perfil

De o nortada a 27.01.2011 às 16:43

Aos hospitais privados retirem-lhes os subsistemas de saude  como ADSE e outros e vão ver o que vai acontecer.
Sem imagem de perfil

De Julia Florista a 27.01.2011 às 16:30

A esquerda procura que todos comam carne. Agora comer carne à minha custa não. Quem quizer pode comer um boi, mas à sua conta. O estado está a dar dinheiro a mais a essas escolas.Se o ensino, não é para ganhar dinheiro, como é que estes tipos enriquecem? A realidade mudou, Muitos colégios a receberem dinheiros e havendo a alternativa do estado, não faz sentido. Quem não quizer misturar o filho com o Povo que vá pagar caro para os privados sem apoio do estado. ( mesmo estes são apoiados,pois no irs abatem  parte do que pagaram na educação) Tudo come á nossa custa. Isto é como os institutos e fundações,muitas não fazem faltam nehuma.Esta crise, tras oportunidades para acabarmos com o desperdicio e os vicios do passado. Se não alterarmos nada, somos menos competitivos e dentro de pouco tempo, se não for a Bolha Imobiliaria será por outra razão que a crise nos vem visitar mais uma vez. Ainda há muito para fazer, mesmo fora do sector do estado
. Avancemos. Não podemos é ter o caminho cheio de cavacos demagogicos,dando uma no cravo e outra na ferradura. Desde as eleições que não ouço falar o presidente. que felicidade já melhorei da minha gastrite...
Sem imagem de perfil

De Terra_a_Terra a 27.01.2011 às 11:10


Concordo em absoluto e vai na linha do meu comentárioa anterior.
Sem imagem de perfil

De Paulo Duarte a 27.01.2011 às 11:47

Ó Carlos!
Ao menos tenho a felicidade de ser devidamente esclarecido por ti.
Agora sim, vi a luz!
Muito obrigado.
Sem imagem de perfil

De Carlos Lopes a 27.01.2011 às 11:51

Aprecio o seu esforço, mas muita gente não o quer ouvir. Têm uma opinião formada e recusam-se a ouvir a opinião dos outros, se calhar como medo de descobrirem que estão errados. A este propósito, gostava que a malta da esquerda pensasse nisto, porque penso que a liberdade dos pais poderem escolher a escola para os seus filhos, deveria ser uma bandeira para quem se diz daquela área política. Eu explico: se o Estado optasse por entregar às famílias 80% do dinheiro que gasta com cada aluno, na escola pública, os pais desse aluno, se quisessem, poderiam transferi-lo para uma escola mais prestigiada, suportando a diferença dos custos. E essa diferença estaria, muitas vezes, ao alcance de famílias modestas. E os filhos das famílias mais modestas, sobretudo quando dotados de maiores capacidades, seriam os mais beneficiados, porque os filhos dos ricos, esses, sempre que os pais achem necessário, vão estudar para as escolas melhores. Não ver isto, para mim, é não querer o óbvio.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 27.01.2011 às 17:05

Era bom, isso era o mundo perfeito.  Nuns casos o dinheiro ia para os copos, outros para o casino e raspadinha . Ó Lopes és um lirico.
Sem imagem de perfil

De o submarino em terra a 27.01.2011 às 17:14

Como vos entendo.... Lembro que as maiores figuras deste pais, andaram no publico. È bom, viver num meio "cosmopolita" tornamo-nos mais atento à realidade,e menos egoistas.Há gente, por andar num Mundo 
à parte, odeia Pobre.
Sem imagem de perfil

De Paulo M G Ramos a 27.01.2011 às 11:56

Caro Manel: nesta questão dos contratos de associação é necessário separar o trigo do Joio. Em 1º lugar acho que foi errado como o governo procedeu ao retirar, de forma abruta e cega, subsídios que já estavam previstos nos orçamentos dos colégios. Em 2º lugar é necessário separar os colégios que realmente fazem uma acção de substituição do papel do estado onde não existia oferta pública, dos que já não o fazem. Afirmas que são “maioritariamente” em zonas economicamente carenciadas, isso não sei, não consegui ver uma lista completa dessas instituições, mas as que conheço (Barcelos e Famalicão) não estão nessas condições: são colégios privados a funcionar com fundos dos nossos impostos. A título de exemplo, em dada altura pensei em ir viver para Barcelos e dirigi-me a um desses colégios. Aí percebi, que apesar de não ser dessa freguesia, e de ter um rendimento que me permitira pagar propinas, não teria que pagar absolutamente nada. Quando questionei sobre os números “clausus” disseram-me que havia sempre espaço para mais alunos (percebi depois que era por o subsídio ser dado por aluno). Constatei também o crescimento e os investimentos numa quinta pedagógica ao lado do colégio propriedade do director da mesma mas que aparece sempre associada ao colégio, só espero que não tenham ido para ai fundos públicos de forma indirecta. Mais espantado fiquei ao informar-me do funcionamento desse colégio e questionando algumas pessoas sobre o funcionamento dessa escola foram várias as pessoas que me falaram da existência de castigos corporais aos alunos. Entretanto junto dessas escolas foram abrindo escolas públicas fazendo com que esses acordos de associação deixem de fazer sentido, já há muitos anos, mas continuaram a receber fundos dos nossos impostos. Ainda antes desta polémica rebentar um amigo, que vive noutra cidade onde há uma dessas instituições, me dizia que realmente era óptimo para eles terem os filhos num colégio privado sem terem de pagar nada (quando o podiam fazer). Percebi também outro dia pelos jornais que existe uma grande cooperativa com vários colégios a funcionar nesse regime, não sei porque, cheirou-me logo a esturro. Como defensor de um sistema económico liberal e de mercado (como sei que também o és) não posso concordar como este tipo de contratos que são resquícios de um período “socializante” do nosso estado. Defendo a total divisão entre o público e o privado, e quem se diz privado deve aprender a viver suportado pelo mercado e não por subsídios estatais. Quanto muito deve ser o próprio aluno a ser subsidiado e não a instituição. Mais do que isso a existência destas instituições falseia as regras do mercado. Se alguém quiser abrir um colégio numa área perto destes não tem hipóteses de concorrer com um colégio “privado” onde não se paga nada. Quando se começou a falar de cortes por questões orçamentais lembrei-me logo desta situação, e confesso que foi com algum choque quando vi o CDS e pessoas a ele ligadas como o B. Félix a defenderem os acordos de associação. Obviamente que poderão existir colégios que têm uma acção social muito importante, nomeadamente ligados à igreja, mas aí o que é importante é subsidiar os alunos que verdadeiramente necessitem. Tenho visto o CDS defender recentemente muitas coisas importantes mas neste caso, como disse, é necessário separar o trigo do joio e defender o mais importante, o direito de todos ao ensino - coisa que não parece ser o mais importante para algumas associações, já que, como forma de protesto, defendem encerrar as escolas por tempo indeterminado. Abraço. 

Sem imagem de perfil

De Carlos Lopes a 27.01.2011 às 12:09

Amigo, então defenda a entrega às famílias dos alunos do valor - eu acima sugeri 80% - que o Estado gasta com cada criança, nas escolas públicas. E se assim for feito, o nosso País dentro de 10 anos estará muito melhor, não tenho a mais pequena dúvida. Vamos a isto?
Sem imagem de perfil

De Paulo Duarte a 27.01.2011 às 12:18

"Outra coisa é inverter por completo o sistema de ensino em Portugal, não havendo distinção entre públicas e privadas e o Estado pagar uma quantia fixa por aluno a cada escola, (ou às famílias - acrescento agora) independentemente de serem públicas ou privadas. Mas essa é outra discussão que até me parece válida."
O argumento, que eu saiba, defendido por Manuel Castelo-Branco e pelas escolas que agora aparecem a protestar, não foi esse.
Imagem de perfil

De Manuel Castelo-Branco a 27.01.2011 às 13:09

Meu caro Paulo MG

Apesar de me escreveres a encarnado ( insulto directo) e em letras aos estilo Mr Magoo ( o que senti já como uma mensagem subtil), deixa me dizer te duas coisas:

1- abusos e erros existem  em todo o lado. Não é a excepção que cria a regra. Pena que no teu texto não tenhas colocado o contraponto dos bons exemplos, das escolas que prestam bons serviços ou que têm óptimas condições e resultados pedagógicos.

2- não estou de acordo que Barcelos e Famalicão não sejam zonas com população carenciada. Como disse, essas escolas abrangem todo o tipo de alunos.

2- A estatização publica da educação passou também pela criação de escolas publicas onde não era necessário e onde havia contrato de prestação de serviço. Foi-no feito, eventualmente por ser uma medida eleitoralista que fica sempre bem no programa autárquico ou governativo.

3- Não deve ser a propriedade a definir a afectação de fundos públicos, mas sim os contratos de prestação de serviço contratualizados com o ME

Falo te mais tarde. Um grande abraço Manel
Sem imagem de perfil

De orlopesdesa a 27.01.2011 às 14:21

Se eu defendesse o Regime Cubano, com o argumento de que no meio de todo aquele totalitarismo e exploração do povo, havia coisas que funcionavam, como o sistema de saúde por exemplo, estaria a entrar na vossa lógica de raciocínio...
Sem imagem de perfil

De Paulo M G Ramos a 27.01.2011 às 21:38

Caro Manel: Mais uma vez desculpa pelo vermelho mas na transcrição do Word (escrito a preto e em letra TNR, 12) para o vosso blog turno se torna maior e vermelho o que é muito paradoxal (se me permites uma nota de humor num assunto sério ;-)

 


Quanto ao teu 1ª argumento, reconheci logo no meu post que existem bons exemplos, daí referir logo que temos que separar o trigo do joio, bem como no fim referi que existem colégios que têm uma função crucial em muitos locais. Existem outros onde os alunos pagam em função da declaração de IRS dos pais o que é ainda outra nuance, se calhar mais justa. O meu argumento não foi contra “maus” serviços ou “más” condições e resultados pedagógicos. Nem os referi, porque até acho que a qualidade ai é boa. O Cerne do meu argumento não é esse. Quando digo que Barcelos e Famalicão não estão carenciadas, é em oferta de ensino público. Essa era a regra inicial dos acordos de associação e que em alguns casos, como o que referi, já não se verifica. Quanto a abrangerem todas as pessoas infelizmente em muitos casos isso parece não se verificar em todos os casos.

 

Quanto ao teu 2º argumento estou inteiramente de acordo.

 

Quanto ao 3º argumento defendo a total separação entre o domínio público e privado, não só no ensino mas também na saúde, etc. Isto é uma questão de princípio e que é também política e ideológica. Como te disse não entendo como um sistema estatizante deste tipo é defendido pelo CDS (e não só) como também não é coerente ser tão atacado por um governo socialista. Os exemplo que dei são ilustrações da perversão que o sistema, tal como está instituído, permite. Seria preferível um sistema que atribuísse bolsas directamente aos alunos em função das suas condições económicas (como a proposta do cheque ensino, ou similares) onde não existe oferta pública. Seria ideologicamente mais coerente. Esse era o meu ponto fundamental.

 

Tenho muito gosto em poder discutir sempre estes assuntos de forma tão elevada contigo.

 

Abraço, Paulo

Sem imagem de perfil

De Não Interessa a 28.01.2011 às 12:52

FALSO, PORRA.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1768621 (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1768621)

"Só há 18 escolas privadas a mais de 15 km das públicas
 
 

Dos 94 colégios com cortes nos apoios, 20 têm uma alternativa do Estado do mesmo grau de ensino a menos de 1 km.







Só 18 escolas privadas, das 94 com contrato de associação com o Estado, ficam a mais de 15 quilómetros de uma pública com o mesmo grau de ensino. O levantamento feito pelo DN, recorrendo às listas de escolas públicas e privadas fornecidas pelo Ministério da Educação e à aplicação Google Maps para medir distâncias, mostram também que cerca de 20 estabelecimentos privados ficam até a menos de um quilómetro dos seus equivalentes no público.
Ou seja, estas instituições - que protestam contra os cortes do financiamento público alegando a falta de alternativas estatais nas suas regiões - ficam afinal perto de muitas escolas públicas. Apenas menos de 20 surgem como a única alternativa num raio de 15 quilómetros no mesmo concelho.
É em Lamego, Viseu, que fica a privada mais isolada do País - a escola básica e secundária mais perto fica a... 25 quilómetros. Já em Vila Praia de Âncora, Caminha, são apenas sete os metros que separam a Cooperativa de Ensino ANCORENSIS da Escola Básica do Vale do Âncora.
José Canavarro, ex-secretário de Estado da Educação, admite que "é preciso repensar a rede", criada há 30 anos quando a oferta pública era insuficiente e o Estado delegou no sector privado, através de contratos de associação, a educação das crianças dessas regiões. E lembra que, em alguns casos, mesmo existindo escolas públicas, estas possam não ter vagas para acolher mais alunos.
Estes colégios prestam "um serviço ao Estado", pelo que têm de ser "bem" tratados, defende o professor universitário. O que, critica, não tem sido feito pela tutela no processo de cortes dos financiamentos. "Há que dar tempo às escolas para se reconverterem em privadas ou encontrar outras soluções caso a caso", sugere."

Já chega de desinformação, realmente. Palhaçada.


 

 

Sem imagem de perfil

De o Marista à força... a 27.01.2011 às 17:07


Explique isso ao Lopes novamente...
Sem imagem de perfil

De sampy a 27.01.2011 às 18:07

Ao Paulo M G Ramos:

Conheço a escola de Barcelos de que fala. Assim, sejamos claros.

"São colégios privados a funcionar com fundos dos nossos impostos". E as escolas públicas funcionam com fundos de quê? Do BPN?...

"Apesar de não ser dessa freguesia". Como se a área de influência da dita escola se limitasse à freguesia onde está implantada...

Apesar de ter um rendimento que me permitiria pagar propinas, não teria que pagar absolutamente nada". Mas estava com vontade de pagar, era? Ou achava ser seu dever pagar? Ou queria ser obrigado a pagar? Ou quer que todos os que tenham rendimentos suficientes devam ser obrigados a pagar propinas?...

"Quando questionei sobre o "numerus clausus" disseram-me que havia sempre espaço para mais alunos". Ora então, era suposto a escola mandar alunos embora, estilo faculdade de medicina? Era constatável a olho nu que e escola já não tinha capacidade para acolher mais alunos? Se a escola recebe alunos, é acusada de sede de lucro; se os manda embora, é acusada de discriminação...

"Constatei o crescimento e os investimentos numa quinta pedagógica ao lado do colégio propriedade do director da mesma (...), só espero que não tenham ido para aí fundos públicos de forma indirecta". O problema é a quinta ser privada? Ou é pertencer ao director da escola, sendo que este é também um dos proprietários da escola? O dono da quinta teria obrigatoriamente de ser alguém estranho à escola? Ou teria de ser do Estado? Uma quinta pedagógica privada está impedida de prestar serviço público? Ou só devia estar aberta a escolas públicas?
Ou o problema é outro: há suspeitas de desvio de recursos? Há indícios de enriquecimento ilícito? Há provas de gestão danosa? Tem conhecimento de alguma denúncia, de alguma investigação ou inquérito?...

"Foram várias as pessoas que me falaram de castigos corporais a alunos". O assunto parece grave. Mas quantas queixas foram apresentadas na DREN?...

"Um amigo (...) me dizia que realmente era óptimo para eles terem os filhos num colégio privado sem terem de pagar nada (quando o podiam fazer)". Ao que parece, a desfaçatez do seu amigo está em poder ter acesso a um estabelecimento de ensino de maior qualidade que uma escola pública, pagando o mesmo (nada; ou seja, apenas os impostos) que os outros coitados que se têm de contentar com os estabelecimentos estatais. Pelo que a solução está em acabar com esse tipo de colégios privados, para que o seu amigo não se fique a rir. É isto o que pretende?...


"Existe uma grande cooperativa com vários colégios a funcionar nesse regime". Onde está o esturro? Em ser cooperativa? Em ser grande? Não se pode ser proprietário de mais de um colégio? Se se for de vários colégios, estes têm de ter regimes distintos? Uns poderão dar lucro desde que outros dêem prejuízo?...
Sem imagem de perfil

De Paulo M G Ramos a 27.01.2011 às 20:31

Não respondo a pessoas que escrevem com pseudónimos...
Sem imagem de perfil

De sampy a 27.01.2011 às 20:43

Está no seu direito.

Por mim, basta-me que perceba.
Sem imagem de perfil

De Paulo M G Ramos a 27.01.2011 às 21:13

nem me dei ao trabalho de ler... 
Sem imagem de perfil

De sampy a 27.01.2011 às 21:39

Então percebeu.
Sem imagem de perfil

De Ana Afonso a 27.01.2011 às 19:16

Meu caro, a escola de que fala, cujo director é o mesmo que o do Ensino Privado e Cooperativo em Portugal, foi a escola que eu frequentei durante 8 anos. Falar de castigos corporais parece-me de muito mau gosto. Além de ter sido aluna, tenho familiares que ainda a frequentam e nunca ouvi falar de tal coisa. O Colégio Didálvi devia servir de exemplo para todas as escolas deste país.
Sem imagem de perfil

De Paulo M G Ramos a 27.01.2011 às 21:12

Então peço desculpa mas as pessoas que me relataram essas práticas deveriam então estar enganadas...   
Sem imagem de perfil

De Antonio Cordeiro a 28.01.2011 às 14:33

Pois, pois, esse é o problema de vir escrever coisas que se ouviu alguém dizer. Muito gosta o portuga do diz que disse... Também alguém me disse (e garantiu) que o Sócrates é corrupto...
Sem imagem de perfil

De Terra_a_Terra a 27.01.2011 às 13:01

Como já deixei escrito algures: as escolas foram criadas na década de 80 quando o Estado (leia-se ME) na sua cobertura escolar não conseguia incorporar diversos alunos nas escolas públicas. Estas escolas foram criadas obdecendo à mesma matriz curricular do ME e incorporadas no mapa educativo do ME e tendo sido criado contratualemnte, através do mencionado contrato de associação. As escolas privadas, controladas por outras instituições mantiveram-se. A partir do último lustro da década de 90 nasceram mais escolas, por oportunismo político e na ânsia do lucro. Neste momento, temos um cenário diferente do de 80:a)As comunicações melhoraram sigificativamente, embora continuem a a haver zonas "isoladas" sem ensino público. Acontece que , hoje 20-30 kms de distância, por exemplo, não são 20-30 kms de há vinte anos  b) O número de alunos em idade escolar desceu significativamente c) Permitiram a construção de dezenas de escolas por oportunismo político (e lucro fácil...) e não respeitando o que estava delineado d) Por sua vez, o ME resolveu reestrurar o seu Parque Escolar, ampliando significativamente a capacidade para albergar alunos, acabar com opções educativas que essa escolas possuiam, formatar num  único modelo físico todas as escolas intervencionadas,apregoar a "excelência das infra-estruturas",etc e) Face a todos os pontos atrás indicados e na eminência de não ter gente para ocupar as novas escolas e toda a sua pesada estrutura, advoga, progressivamente, o sufoco financeiro destas escolas, outrora precisas e necessárias. É no mínimo curioso que este "projecto" tenha sido só lançado quando se está a entrar, creio eu, na última fase da requalificação do parque escolar e quando se começa a verificar que estão sobredimensionados para os seus objectivos(para além do seu tenebroso aspecto estético...) . Por conseguinte, entre outras comentários, está-se a assistir pacificamente à estatização do ensino e não à efectivação do ensino público, em que o Estado impõe a todos os níveis, todas regras da escola.   
Sem imagem de perfil

De Jaime Vinha a 27.01.2011 às 13:14

mas porque é que ninguém diz que a direita liberal e/ou conservadora defende este tipo de tique "socializante" (em contradição com os seus próprios 'principios'), pela exclusiva razão de ser essa mesma direita a maior beneficiária destes subsidios a fundo perdido? Para quem tem duvidas em como esta situação pode terminar, olhe para o Pais vizinho e verifique (por exemplo, em Madrid) o que a direita fez á Educação publica: destruiu-a e tornou-a uma serviço de terceira categoria, apenas para filhos de imigrantes e de pessoas sem nenhum tipo de possibilidades económicas, para com este sistema de "parceria publico-privado" (onde é que já ouvi isto??) encher os bolsos á Igreja e instituições satelites...
Sem imagem de perfil

De Maria do Céu a 28.01.2011 às 11:18

Amigo, você está enganado. Quem tem estes tiques socializantes não é a direita liberal ou conservadora, não. Quem defende isto são os ricos, e esses estão em toda a parte, em especial pendurados no partido do governo. Abra os olhos!
Sem imagem de perfil

De António Cordeiro a 28.01.2011 às 14:36

Também foi alguém que lhe disse isso? A escola pública em Espanha funciona bem e o estado não andou a fechar escolas públicas com poucos alunos mas que estão em locais isolados obrigando os alunos a deslocarem-se muitos quilómetros.
Sem imagem de perfil

De Jaime Vinha a 28.01.2011 às 15:49

por acaso ninguém me disse isso: eu vivo em madrid e a minha filha frequenta o ensino na Comunidade! Se acredita que o ensino publico (não universitário) funciona bem na Comunidade de Madrid, também deve acreditar que a Terra é quadrada ou que os gambozinos, depois de apanhados á mão, são bons é guisados com coentros!
Sem imagem de perfil

De Jaime Vinha a 28.01.2011 às 16:02


e outra coisa..em Espanha o Estado nem fecha, nem abre escolas não-universitárias, visto que a Educação é competência das Comunidades Autónomas!
Apanha-se mais depressa um mentiroso, que um coxo - já dizia o ditado e como se pode ver, o seu comentário justifica a sabedoria popular!
Sem imagem de perfil

De Anónima mas não muito a 27.01.2011 às 13:25

Manuel Castelo dash ) Branco, de uma vez por todas:

a+a=à
Contracção da preposição a mais o artigo definido feminino do singular a
Sem imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 27.01.2011 às 14:22

Parece-me que não existem pessoas intelectualmente pouco sérias ou sérias. Existem pessoas pouco sérias ou sérias.
henrique pereira dos santos
Sem imagem de perfil

De Paulo Duarte a 27.01.2011 às 15:16

Continua toda a gente à espera que seja divulgada a lista das escolas privadas com contrato de associação em zonas economicamente carenciadas e onde não há oferta pública de ensino...
Era esse o argumento, certo?
Ou já não é?
O da liberdade é bom. Concordo. Mas quem consome um bem de qualidade, deve pagá-lo. Ponto.
Quem oferece um bem de qualidade deve cobrar por ele e assumir o risco. Ou não?
E o argumento da igualdade de acesso a um ensino de qualidade? Correcto. Quantos cientistas, engenheiros, advogados, docentes universitários etc., todos de renome, frequentaram o ensino público e quantos o privado? Têm a certeza que querem ir por aí?   
Cuidado com o argumento do subsídio directo às famílias. É que ele serve para a Educação, mas também para a Saúde, para a Segurança Social, etc.
Podemos discutir esse modelo.
Alguém sabe se já algum país o implementou com sucesso?...

 

Comentar post


Pág. 1/4