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Provavelmente ter-se-á passado qualquer coisa de muito grave lá fora, nas praças Tahir, antes do início das orações da noite. Se assim foi, é de estranhar que toda a comunicação social não tenha hoje dado relevo especial a esses acontecimentos. Mais esquisito ainda é que na net, entre videos a imagens, ninguém até agora tenha minimamente divulgado tudo aquilo que eu presenciei ontem dentro de Al Valade, coisa nunca vista em 50 anos que vou às muitas mesquitas dos Aiabolas espalhadas pelo País.
Dois ou três agentes da autoridade entraram numa bancada de Al Valade para sacar pelos colarinhos um passador de passa ou alguém mais avinhado, como por vezes acontece? Nada disso!
Tenho para mim que aqueles olhos alucinados, aquela entrada de rompante e a vontade de bater a torto e a direito só podem ter uma explicação do foro político- psiquiátrico.
Sim, sim. O que é que terá passado pelas cabeças confusas daqueles agentes da (des)ordem?
1ª Hipótese: a criança que levou uma cacetada, não era ela mas o (eticamente) imberbe Ministro da Administração Interna que desmanda neles.
2ª Hipótese: o velhote que levou aquele empurrão, também não era ele mas representaria aos olhos do agente o Ministro das Finanças que lhe tem ido injustamente à carteira.
3ª Hipótese: a senhora de cachecol verde e branco foi confundida com a Ministra da Saúde para compensar aquelas cenas durante a campanha para as legislativas de 2009, em que Sua Excelência abria diariamente os telejornais para explicar ao indigenato que o governo era fantástico e estava tudo muito bem organizado porque nesse dia "não-havia-casos-de-gripe A-na-pandemia-que-não-existia".
Eis três hipóteses político-psiquiátricas que deixo à consideração dos médicos do “31”…