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A demissão de José Sócrates é o primeiro passo para o fim do pior desde D. Maria. Sousa Franco tinha dito que tinha sido o de António Guterres mas, infelizmente para os portugueses, a seguir veio outro ainda pior. Mas, e como sempre sucede em democracia, ninguém pode pensar que José Sócrates já está derrotado. Todos conhecemos a máquina socialista, que, em eleições, é muito competente. No entanto, e porque acredito que a maioria dos portugueses já está farta deste governo do Partido Socialista, interessa, desde já, ao PSD reunir condições para obter uma vitória confortável que lhe permita governar. Isto não quer dizer que tenha de ser sozinho. Defendo, e essa parece ser a regra na actual liderança do PSD, que o CDS deverá fazer parte desse governo.
Para as eleições que aí vêm, o PSD precisa de apresentar aos portugueses um plano claro de acção. Sem nunca esquecer as verdadeiras responsabilidades desta crise, o (des)governo Sócrates, a campanha deverá ser centrada no futuro. Um futuro difícil e complexo, cheio de obstáculos. Não vale a pena prometer o céu, quando todos sabemos que estamos no inferno. Mas é preciso apontar soluções e caminhos. O programa eleitoral deverá ser claro: fim da promiscuidade entre Estado e privado, diminuição do papel do estado na sociedade, e um novo modelo de desenvolvimento assente na iniciativa privada. O Estado deve preparar-se para emagrecer radicalmente, e empresas como a RTP ou a TAP devem ser privatizadas. Centenas de fundações e institutos públicos inúteis devem ser encerrados e organismos do Estado ultrapassados, como os governos civis, devem acabar. Um programa rigoroso, distinto das propostas do Partido Socialista, que possa oferecer um horizonte de esperança aos portugueses. O PSD até pode vencer as eleições, mas se o programa não for claro, a vitória poderá ser de pirro. Este não é o tempo para ilusões.
O Eng. Sócrates sai e temos por isso um cenário de eleições antecipadas, que nesta altura coloca sem dúvida pressão acrescida sobre Portugal. Realizar estas eleições antecipadas custará ao país mais de 18 milhões de euros (LINK), incluindo ...tempos de antena, despesa com os membros das mesas de voto e os perto de oito milhões de euros de subvenção estatal para as campanhas. Mas tudo isto oportuno, pois a crise económica deverá estar muito longe, de acordo com a visão dos nossos politicos,certamente !!!
Pessoalmente, parece-nos que eleições antecipadas só não serão prejudiciais (ou até positivo), se pudéssemos antever um resultado final de Governo suportada em maioria absoluta! Mas melhor, melhor que todo este cenário seria ter-se conseguido um consenso sem recorrer a eleições, este sim seria o melhor sinal que o país poderia dar aos mercados Internacionais.
Por isso continuo a acreditar que se tivéssemos bons políticos teríamos o problema de Portugal resolvido criando um Governo de salvação nacional que incluísse praticamente todos aqueles partidos que defendem a democracia. Sem um acordo de regime não há solução, quer haja eleições ou não.
Fonte : http://cogitare.forumenfermagem.org/2011/0