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O Eng. regressou da Europa cheio de vontade de «malhar na direita». Sobre o facto de Pedro Passos Coelho não ter descartado a possibilidade de aumentar o IVA, o Eng. disse: "[Os sociais democratas] passaram mais de um ano a dizer que queriam uma consolidação orçamental no lado da despesa e não da receita. Passaram mais de um ano a dizer que não ia haver aumentar de impostos." E acrescentou: “A isto se chama em política uma cambalhota.”
Curioso. Regressemos a 2005:
Notícia Público, de 18/03/2005: O primeiro-ministro, José Sócrates, negou hoje que o programa do Governo, entregue ontem à noite na Assembleia da República, preveja o aumento de impostos.
Não se trata de cambalhota, Sr. Eng.: trata-se de realismo e de uma renúncia clara à demagogia e à mentira.
Para além do suposto e abjecto arranjinho institucional para não destapar os mais que certos buracos nas contas públicas, o Eng. pode vir a contar com outro grande trunfo, na corrida eleitoral: a falta de memória dos portugueses e do próprio.
Esperemos que não. Esperemos que o homem seja removido de vez, em nome da salubridade colectiva.