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Todos os governos, todos os regimes têm a sua obra. Sócrates não é excepcção. Esta semana foi notícia a "estreia" do aeroporto de beja. Como não podia deixar de ser, meteu ministro das obras públicas e secretário de estado. Ficou finalmente provada a utilidade do único aeroporto do governo socialista e dos 35 milhões de euros ali gastos. Para quem não leu a notícia com a atenção que o assunto merece, explico que o voo ia para Cabo Verde. Levava autarcas que iam geminar Ferreira do Alentejo com o municipio de São Filipe. Foi um voo fretado pela autarquia para uma importante missão comercial de Ferreira do Alentejo. O voo levava 70 pessoas. O avião tem uma capacidade de 200.
Na ocasião, António Mendonça falou à imprensa: "O país não pode parar. Nós temos que produzir, temos que trabalhar e gerar emprego. E temos que olhar para estas infraestruturas, precisamente, porque vão permitir isso".
A propósito de gerar emprego, no relatório e contas de 2009 da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (existe mesmo) lê-se que "pode-se considerar ter-se atingido um elevado grau de cumprimento das metas fixadas" (sic). O aeroporto sem aviões tem um elevado grau de cumprimento das metas fixadas. Como um hospital sem doentes tem um bom nível de higiene ou uma autoestrada sem carros tem um fantástico aproveitamento ambiental.
Toda a gente fica feliz. O presidente da camara de Ferreira do Alentejo e os amigos apanharam bom tempo em cabo verde, os administradores da empresa pública tiveram um "elevado grau de cumprimento das metas fixadas", o ministro falou à imprensa e os contribuintes pagaram a conta toda. O socialismo funciona.