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Já sabemos que não se deve levar as palavras de José Sócrates a sério. Tudo o que diz é encenado e destina-se a enganar as pessoas. Por estes dias, são várias as palavras que dirige à oposição, especialmente ao PSD. Ora acusa Passos Coelho de "insultar os portugueses", ora acena com o "radicalismo político" ou "extremismo ideológico" do PSD. Em José Sócrates deve-se questionar a autenticidade de tudo o que faz em público. Como por exemplo, quando, num acto retirado dos manuais do marketing político, soltou umas lágrimas numa sessão de propaganda das Novas Oportunidades. Mas isto apenas tem um problema: a emoção na política só convence quando o seu protagonista é minimamente credível. O que não é o caso deste actor desacreditado.
Uma das acusações que mais se tem ouvido de José Sócrates e dos seus apaniguados é precisamente o radicalismo do programa do PSD, por pretender privatizar empresas com as Águas de Portugal. O líder do PS classificou-a mesmo uma "aventura irresponsável" no passado fim de semana. Hoje o Publico revela que em 2001, quando José Sócrates era Ministro do Ambiente e Mário Lino presidente da Águas de Portugal, essa opção chegou mesmo a estar em cima da mesa. E só não terá ido para a frente... porque outros problemas surgiram, mas não por falta de vontade do então jovem delfim de António Guterres.
Este episódio é uma repetição do que aconteceu com a Taxa Social Única. Primeiro o PS berrou contra a proposta do PSD. Depois soube-se que o PS também se tinha comprometido com essa descida no acordo que assinou com a troika. Hoje o PS é um partido sem ideias e sem um projecto político. Limita-se a utilizar uma retórica violenta e desligada da realidade contra os seus opositores. Muito pouco para um partido que está no poder há tantos anos.