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Ao que parece, o "trabalho" que Sócrates fez para a cadeira de "Inglês Técnico" e que remeteu via fax ao "professor" Luís Arouca, acompanhado de um seu cartão da secretaria de estado, tem data posterior à do certificado que comprova a licenciatura do primeiro-ministro. Em resposta a esta notícia, o gabinete do primeiro-ministro permitiu-se prestar o seguinte esclarecimento:
"compete às universidades determinarem a data de licenciatura dos seus alunos, a qual depende do preenchimento dos registos de classificação atribuídos pelos professores".
Entrámos, pois, no domínio do sobrenatural. Senão vejamos:
- Sócrates acha normal que a data da sua "licenciatura" reporte a um domingo;
- Sócrates acha normal que o mesmo professor lhe tenha dado 4 cadeiras num único ano (de um total de 5);
- Sócrates acha normal que esse mesmo professor tenha sido posteriormente por si nomeado para cargos públicos;
- Sócrates acha normal que esse mesmo professor seja suspeito da prática de diversos crimes, o que terá inclusivamente levado à sua constituição como arguido em processos-crime;
- Sócrates acha normal que existam diversos registos na Assembleia da República, alegadamente assinados pelo próprio com a mesma data, com informações contraditória acerca das suas habilitações;
- Sócrates acha normal o uso do título de engenheiro no seu currículo, mesmo sabendo que não era possuidor do mesmo;
- Sócrates acha normal ter tomado posse na qualidade de engenheiro, tendo jurado cumprir as funções para as quais havia sido eleito, sabendo que não era engenheiro.
Perante todos estes factos, claramente indiciadores de que terá havido favorecimento pessoal, continua o Procurador da República a assobiar para o ar como se nada fosse com ele. Perante todos estes factos, reveladores de uma crise política profunda, continua o Presidente da República a fingir que não é nada com ele.
A verdade é que a credibilidade de Sócrates foi posta em causa, o que se constata pelos milhares de mails com piadas, caricaturas e cartoons acerca da sua pseudo licenciatura, pelas dezenas de notícias diárias sobre o tema, pelo tempo que os blogues lhe têm dedicado e, fundamentalmente, pela ausência de explicações credíveis dadas pelo próprio. A ver vamos se com Sócrates não volta a afundar-se o país.