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Os monárquicos e a Quarta República

por Luís Filipe Coimbra, em 19.06.11

   

 

 "Será que chegamos a todos os portugueses através da realização de um "Jantar dos Conjurados", no Convento do Beato, onde as pessoas vão de fato e gravata e pagam 30€ por pessoa e 15€ se forem mais jovens? Acham que a maioria do povo português se identifica com isto? Não estaremos a comunicar apenas para um elite e afastar o comum português? Da mesma forma, poderia dar o exemplo das touradas reais, como a realizada anualmente em Évora e das noites de fados promovidas para várias estruturas da Causa Real, para além dos concursos de hipismo realizados na Comporta e afins", interroga-se João Gomes de Almeida no http://estadosentido.blogs.sapo.pt/ ("Estado sentido - sentido de Estado").

 

Levantar agora questões como estas, num momento em que temos um novo Governo (com alguns monárquicos nele incluídos) é uma reflexão prematura. Mas já agora, aqui fica um curtíssimo e apriorístico apontamento sobre o tema.

1) Como monárquico, reconheço-me nos serões vividos antes do 25 de Abril num casebre ao pé do rio no Barreiro com o velho anarquista Emídio Santana. Ou durante a legalização do PPM, quando chegavam pela calada da noite à sede do "Partido do rei e dos sovietes" (segundo o neologismo de Rolão Preto) muitos trostskistas desiludidos.

2) As jantaradas e touradas a que o João Gomes de Almeida refere, são-me indiferentes. Mas já sinto algumas náuseas quando uns tais "Cavalgueiros de São Miguel da Ala" acusam judicialmente Dom Duarte de usar as suas ("deles")  "prerrogativas", sem sequer repararem que com essa atitude estão a promover o actual sistema judicial equídeo, para gáudeo da velhinha "formiga branca".

3) Nesta República (ou na próxima 4ª), o único ponto de encontro de todos os monárquicos portugueses só pode acontecer no dia da apresentação de um candidato presidencial próprio, com ou sem próxima revisão constitucional. 

Até lá, as nossas diferenças políticas continuarão a ser tão díspares como aquelas que existem hoje entre os republicaníssimos herdeiros do Salazarismo, do Cunhalismo ou do Alegrismo.

Só então, na preparação dessa candidatura, a "Causa" passará mesmo a ser Real. 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Pedro a 20.06.2011 às 11:57

Qual povo, pá, o povo está convosco, pá, é a formiga branca, pá.

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