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Uma agência de rating europeia? Apoiado. Não vale a pena termos agências independentes, que ainda por cima sustentamos e protegemos da concorrência, se elas não fazem o seu papel. E o papel das agências não é analisar os riscos de incumprimento dos países devedores. É fechar os olhos a esses riscos porque amigo não empata amigo.
O Banco Central Europeu, aliás, é um bom exemplo de camaradagem – e a Moody’s devia por os olhos no sr. Trichet, que todas as semanas lá vai rasgando mais uma regra da casa para continuar a aceitar o lixo (colateral) dos países insolventes.
Uma verdadeira agência europeia, de preferência financiada e regulada pelo nosso amigo Trichet, seria uma instituição compreensiva e democrática, que convidaria cada estado-membro a atribuir a si próprio uma notação financeira. A coisa oscilaria entre o ‘Somos os Maiores’ e um modesto ‘Cá nos Vamos Aguentando’. Derrotismos é que não. E se o leitor pensa que um tal cenário seria o descrédito da zona euro e, ironicamente, um reforço da credibilidade das agências independentes, um pedido: por favor, não agoire.