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A normalidade

por Henrique Burnay, em 20.04.07
De vez em quando o País entusiasma-se. Foi assim com Sócrates. Era determinado, era desta que se ia acabar com o défice, a malandragem dos professores que não dão aulas, os juízes que não julgam, os médicos que não estão nos hospitais, enfim, a bandalheira. Por alguma estranha razão, o País acredita, durante um momento, que tem cura ou emenda, desde que haja salvador. Depois descobre-se o malabarismo da alegada licenciatura, tropeça-se nos preconceitos das “novas oportunidades”, abre-se caminho para as dúvidas sobre quem ganha quanto com a OTA e, em breve, entre impostos altos e a continuação da bandalheira, o Pais regressará ao seu estado normal: descrente e desconfiado da política e dos políticos. Regressa a normalidade.