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Quem é contra a racionalização da RTP?

por Manuel Castelo-Branco, em 24.09.11

Meu caro Nuno:

Esse será um problema, mas não me parece ser o ponto de partida. Recomendo-te antes que compares o nº de assalariados: Aí sim, verás que a RTP tem quase tantos funcionários como a SIC e a RTP juntas. É ai que se deve atacar, criando estruturas " lean" e productivas. Posteriormente, comparar os custos de programação, os rácios de produção interna vs. externa, bem como a análise da rentabilidade de alguns programas. Terás de imediato uma surpresa e verás a falta de racionalidade ou estratégia nas compras de jogos de futebol, na produção de ficção nacional, na compra de formatos internacionais ou a lógica de produção própria vs. conteúdos Já algum trabalho começou a ser feito nesse campo com as racionalizações das delegações dos Açores e da Madeira.

Deverás também questionar, se faz sentido que uma televisão com a estrutura de capitais tão frágil como a RTP, deva lutar pela liderança dos canais por subscrição, como anunciava há dias Nuno Santos. Essa ambição choca-me tanto quanto uma eventual inflação nos custos salariais. Valeria a pena olhar para o P&L do projecto, se existir. Lutar pela liderança num mercado em queda abrupta ( -10% em 2011), não me parece ser uma boa opção de gestão.

Depois e só depois,  valerá a pena avaliar se os custos salariais são  razoáveis. Para que a análise seja mais séria e útil, vale a pena ires procurar o valor do salário médio da TVI e da SIC. Infelizmente, desconfio que a tarefa será difícil, pois nas contas da Impresa ou Media Capital, os valores não deverão estar desagradados por empresa.

A RTP é de facto uma tema denso, onde a privatização é um meio e não um fim em si. A questão não está em ser contra ou a favor, mas de como e quando se faz. Devermos olhar sem emoções e sem o fundamentalismo demagógico do Blasfémias.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Joaquim Jordão a 24.09.2011 às 17:32

Talvez eu compreendesse melhor o seu post se explicasse os termos estrangeiros " lean" e "productivas", e o que são "valores desagradados".
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De Manuel Castelo-Branco a 24.09.2011 às 20:30

Lean manufacturing ou lean enterprise. Pesquise na net e poderá perceber os impactos na productividade ou seja produzir mais com menos recursos ( humanos).
Desagregados - sendo a MC e Impresa, grupos empresariais com vários tipos de negócios ( tv, radio, imprensa, Internet) são empresas cotadas, têm contas publicadas como manda a lei. No entanto, por razões que terá de perguntar aos próprios, nem sempre separam (desagregam) as contas para que possa fazer a comparação à unidade de negócio Televisão, para que a análise seja justa.
abraço
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De Zé de Portalegre a 24.09.2011 às 19:06

Porque é que não somos governados pelo Sr. Castelo(com hífen?)Branco.


Olhe..., a monarquia está toda no governo, por isso é natural que se venda a República a patacos aos monárquicos
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De Manuel Castelo-Branco a 24.09.2011 às 20:31

Ohhh Zé,  complexo social agora?  Isso é mt PREC.
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De Zé de Portalegre a 24.09.2011 às 21:34

Olhe que não..., Olhe que não !
A História de Portugal irá conter mais Prec's... pode crer .
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De tric a 24.09.2011 às 21:11

focalizando apenas na RTP-"informação", que ao que parece vai continuar na mão do estado, qual será o ordenado médio?
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De Monti a 26.09.2011 às 19:01

40 mil euros ano, valor médio,
Dada a relevância do serviço público.
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De Luis a 24.09.2011 às 22:02

a RTP tem tantos funcionários como a SIC e a RTP juntas? :-|
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De rui a. a 24.09.2011 às 22:19

Desculpe lá a pergunta, mas por que razão considera "fundamentalismo demagógico" defender-se a privatização da RTP? Acaso lhe parece demagógico e fundamentalista entender-se que o estado não deve, pura e simplesmente, ser proprietário de meios de informação? Isto, obviamente, antes de quaisquer outras considerações sobre a natureza da gestão da RTP, os prejuízos acumulados durante anos, a politização - à esquerda e à direita - da informação, etc.. Mas isto, note bem, só vem depois da questão prévia que lhe coloquei acima e que fará o favor de me esclarecer, se o entender: por que razão é demagógico e fundamentalista defender-se a retirada do estado dos meios de comunicação, entre eles a RTP?
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De António P. Castro a 25.09.2011 às 09:34

Bem pode esperar sentado pela resposta...
É que esta gente não aprende nem tem emenda.
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De Manuel Castelo-Branco a 25.09.2011 às 21:40

Fundamentalismo tem obviamente um contexto de algumas discussões passadas, que pelos vistos desconhece, daí a sua pergunta. Fundamentalismo é defender a privatização pq sim, sem explicar mais. Fundamentalismo é achar que a privatização é um fim, pq tudo deve ser privado e isso é argumento suficiente. Não sou contra uma RTP privada, mas assusta-me fazê-lo sem pensar o que faço à divida de 600/700 milhões. Assusta-me pensar que acrescentando mais 6 minutos de publicidade adicional posso estar a destruir jornais, que vivem numa situação já frágil. Esta é alias a única privatização, que acontecendo, destrói valor ao mercado porque coloca mais 6 a 12 minutos de stock publicitário para vender. Se amanha não existirem jornais, não existira diversidade, e sem diversidade há menos democracia. Privatizar sim, mas qd houver condições.
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De Eduardo F. a 24.09.2011 às 23:26

Parece-me que o fundamentalismo está mais do lado de quem o brande. No caso, através do teclado...
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De Anónimo a 25.09.2011 às 03:17

Eu sou mais pelo desamantelamento total e a entrega das sucatas e dos escombros aos portugueses e pelo despedimento colectivo com direito a indeminização compulsiva a todos os que foram logrados, contaminados e descerebrados pelos programas imbecis das suas grelhas destes ultimos 20 anos.
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De fado alexandrino a 25.09.2011 às 09:34

Aí sim, verás que a RTP tem quase tantos funcionários como a SIC e a RTP juntas
 
Não há aqui uma gralha?
Será que os outros comentadores leram o texto?
Nota: Vim aqui porque leio o Blasfémias.

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De Vim aqui porque NÃO leio o Blasfémias. a 25.09.2011 às 10:11

De facto x=x+y parece difícil...
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De anonimo a 27.09.2011 às 17:14

Nem por isso. Basta que y=0.
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De Não me parece.... a 30.09.2011 às 10:39

Senso y= numero de funcionários da Sic

y poderá y ser = 0 ?

Não me parece...
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De Anónimo a 25.09.2011 às 10:33

Em termos de análise: excelente.
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De Joaquim Jordão a 25.09.2011 às 13:54

Agradeço a sua explicação, mas vejo que não soube ler a pergunta. Para ser mais acessível e directo: a minha pergunta não era pergunta nenhuma, era a constatação de um fenómeno engraçado.
Para um especialista neste assunto, RT<b>Portuguesa</b> acho curioso que se exprima num "português" tal que não saiba traduzir "lean", não saiba escrever "produtivo", confunda "desagradados" com "desagregados", e por aí adiante.

Já agora, também achei curioso que tenha usado uma "carta aberta" ao Nuno para tentar contestar uma afirmação simples, "Salário médio na RTP supera 40 mil euros por ano (http://economico.sapo.pt/noticias/salario-medio-na-rtp-supera-40-mil-euros-por-ano_127371.html)" num estranho arrazoado.
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De Manuel Castelo-Branco a 25.09.2011 às 21:44

Caro Joaquim, desagradou-lhe a forma, mas pelos vistos os anglicismos ou gralhas não o impedem de perceber o conteúdo. Isso basta-me. abraço

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