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Mateus 5,3

por Nuno Pombo, em 19.10.11

O sacerdócio feminino e o celibato dos padres são questões urgentíssimas e que preocupam muita gente. Sobretudo não católicos. Não é fácil escrever sobre o que se desconhece. E, valha a verdade, o sentimento de pertença ajuda a compreender muita coisa. Ninguém é obrigado a ser católico, como é evidente. E os não católicos não devem obediência ao Papa nem à Santa Sé. Ser Igreja, sentir-me parte da Igreja, é a aceitação, individual e livre, de uma proposta de vida. E de um magistério. E essa proposta, da mesma maneira que pode ser aceite, pode também ser rejeitada. Há quem a aceite e quem a rejeite. Os que aceitam, rezam pelo Papa. Os que não aceitam, bem podem preferir organizar manifestações.

 

Mas não é pior fazermo-nos algumas perguntas e responder-lhes. A Praça de S. Pedro deve ser palco de manifestações contra o magistério da Igreja? Acho que não. O direito de manifestação é um direito absoluto? Não, não é. Direito de manifestação é sinónimo de liberdade de expressão? Não me parece. Alguém foi detido por ter expressado a opinião de que as mulheres deviam ser ordenadas? Não, claro que não. Podem ser detidas as pessoas que organizam manifestações não autorizadas pelas respectivas entidades competentes? Parece que sim, imagine-se. E em qualquer parte do mundo, segundo me dizem. Uma chatice muito inconveniente esta do Estado de Direito. E o que é que a inquisição tem a ver com isto? Nada. Mas fica sempre bem.