por Manuel Castelo-Branco, em 25.04.07
Este homem, Otelo Saraiva de Carvalho foi julgado e condenado em tribunal pelo seu papel na liderança das FP-25 de Abril, responsáveis pelo assassinato de 17 pessoas nos anos 80. Entre eles, vitimas inocentes como cidadãos anónimos, agentes das forças de segurança e da policia judiciária, um bebé recém-nascido e um alto funcionário do estado.
Este homem, nos anos pós revolucionários assinava mandatos de captura em branco e ameaçava fuzilar “os fascistas no campo pequeno”
Este homem, apelidado por alguns media de "corajoso combatente da liberdade", foi um equivoco da democracia, aproveitando-se da fragilidade desta para uma estratégia de conquista violenta ao poder.
Pode-se até perdoar - ainda que para o fazer seja necessário o arrependimento - mas não se pode nunca esquecer. O esquecimento coloca em perigo dois dos principios basilares do estado de diretio - a liberdade e a justiça.
Um estado sem memória é um País sem caracter.