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Zero absoluto da política

por João Ferreira do Amaral, em 07.12.11

É difícil de acreditar que este velhaco sem escrúpulos tenha governado Portugal durante 6 anos.

Em que universidade é que ele estudou isto? Quem foi o professor?


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De João. a 07.12.2011 às 14:31

O que é inacreditável é que alguém ainda pense que no modelo político-económico actual os Estados devem limpar a sua dívida e não gerí-la como diz Sócrates. Não há países que não tenham e mantenham dívida pública a não ser aqueles a que ninguém nunca emprestou dinheiro.
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De Crazyhead a 07.12.2011 às 14:38

O que é mais inacreditável ainda é que alguém ainda ouça este senhor... Pergunta ao João. Então o objectivo de todo o lado não é pagar as dívidas? Obviamente não agora, não já, mas o ideal não seria um Estado que não necessite de recorrer ao financiamento?
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De João. a 07.12.2011 às 14:42

Permita-me responder-lhe com uma pergunta. Que Estados conhece cuja política passe por limpar (zerar) a sua dívida pública?
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De pois é a 07.12.2011 às 22:56

"Políticos nunca entenderam de economia. São eleitos pela sua aparência e dicção"Politicos,ciganos,e os gajos da gnr-bt é tudo farinha do mesmo saco.venha o diabo e escolha,de preferencia não escolha, leve todos
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De João Lisboa a 07.12.2011 às 14:42

Concentremo-nos no essencial:
http://lishbuna.blogspot.com/2011/12/parece-que-ja-nao-e-philo-mas-sciences.html
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De Anónimo a 07.12.2011 às 14:43

Caros,

contrariar estas declarações de José Sócrates é primário:
1ª Porque o que ele diz é verdade
2º Este homem:
- mentiu deliberadamente ao país,
- atrasou porpositadamente a ajuda quando era inevitável por mero cálculo eleitoral
- usou de métodos que são vergonhosos para qualquer pessoa decente, quanto mais para um responsável Nacional.

Há 1001 razões para considerar José Sócrates a maior fraude governativa de Portugal; estas declarações não são uma delas.
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De João a 07.12.2011 às 15:54

2º Este homem (Passos Coelho):
"- mentiu deliberadamente ao país" - é só ver o vídeo que anda por aí e verificar a diferença entre as afirmações de campanha e as medidas que toma no governo.  
"- atrasou porpositadamente a ajuda quando era inevitável por mero cálculo eleitoral" - é o que Passos faz com a colagem às teses alemãs que cada vez mais se mostram contra os interesses nacionais.
"- usou de métodos que são vergonhosos para qualquer pessoa decente, quanto mais para um responsável Nacional."  - Como dizer a crianças que era uma tolice as acusações do PS que o PSD queria cortar salários no governo; como dizer que bastava mudar de governo para as taxas de juro da dívida descerem, como fazer tábua rasa disso tudo, dando a entender que a campanha mentirosa que fez é uma virtude na medida em que agora no governo, mesmo sob falsos pressupostos, o país está melhor servido.
Enfim, sugerindo tacitamente que a mentira sendo alforreca-laranja é virtuosa.  
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De Anónimo a 07.12.2011 às 16:22

João foste maltratado quando eras jovem? Abusaram de ti? Gosta de ser do contra para chamar a atenção?
Senão cala-te de gente como tu estamos saturados!
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De João. a 07.12.2011 às 17:34

eh pá... Você enfiou a carapuça à força toda. És tu Passos Coelho?
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 18:18

João,
A sua argumentação é: como todos mentem são todos iguais (isto é, péssimos).
Para mim a mentira (e estou a falar da premeditada e calculista) não tem cor: rosa, laranja ou vermelha.
Eu nem sequer falei remotamente de Passos Coelho; não tenho pressa se o associar rapidamente a uma mentira para poder, de uma forma torcida, desculpar quem eu quereo desculpar.
Falei de José Sócrates alguém que governou com maioria absoluta durante uma legislatura e com maioria relativa em parte de outra.
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De João. a 07.12.2011 às 18:34

"como todos mentem são todos iguais (isto é, péssimos)."

Isto não é a minha argumentação. Na verdade a minha argumentação de fundo é que o que muitas vezes se chama mentira é apenas o dia a dia da democracia, aqui e em todo o lado, o que eu fiz foi apresentar a quem mede a democracia pela mentira que nenhum político escapa e que portanto, na realidade, e não no ideal que não existe, se tomarmos a viabilidade da democracia pela sinceridade dos políticos, então esqueçamos a democracia.

Isto em geral. Nos casos concretos, ao contrário, os políticos são penalizados pela mentira, mas são-no enquanto ao mesmo tempo a democracia convive necessariamente com a mentira. É um paradoxo, mas é assim que funciona.

Que se diga que Sócrates atrasou o pedido de ajuda ao FMI por motivos eleitorais diz-se na medida em que se aceita a narrativa do PSD/PP apresentada já em clima eleitoral e portanto no clima menos fiável que há no que respeita ao que dizem os políticos.

Na verdade não saberemos com segurança porque é que Sócrates pediu o FMI quando pediu. A oposição disse que foi por motivos eleitorais embora o pedido de ajuda tenha vindo apenas quando as eleições já eram inevitáveis e não tenha sido pedido durante o mandato regular do PS, um mandato que ainda tinha dois anos e que, portanto, não estava ainda em clima eleitoral.

Veja que eu também posso dizer que Passos Coelho inviabilizou o PEC IV não por interesse nacional mas por interesse pessoal, porque queria eleições, queria aproveitar a fragilidade do governo para o substituir a meio do mandato, para ir ao pote, como ele se referiu. Que Passos Coelho tenha ido já além do PEC IV quando disse que o PEC IV já exigia sacrifícios incompatíveis com os interesses nacionais deixa-me desconfiado.
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 18:40

Eu respondo-lhe porque é que José Sócrates pediu ajuda ao FMI quando o fez: porque Teixeira dos Santos ameaçou demitir-se se não o fizesse.
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De João. a 07.12.2011 às 18:50

Bom, é mais uma tese. No caso, no entanto, que aponta para um facto objectivo e não para intenções subjectivas. Apesar de tudo, obriga-me a aceitar a sua palavra como definitiva, uma obrigação, não se ofenda, que por ora declino.
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 19:04

Não me ofendo nada. Quando escrevo não é para convencer ninguém: é para exprimir o que penso e o que sei.
Quanto à mentira, apenas condeno (e de forma veemente) a premeditada e calculista, como referi no meu post.
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De João. a 07.12.2011 às 19:20

"Quanto à mentira, apenas condeno (e de forma veemente) a premeditada e calculista, como referi no meu post."

Mas há outra?
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 19:22

Há mais. E são diferentes na motivação e nas consequências.
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De João. a 07.12.2011 às 19:27

Há mais, sim. Mas não na política. Não vamos ser ingénuos e pensar que os políticos não calculam praticamente tudo o que dizem publicamente.
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 19:43

Há mais, sim, e dentro da política. 
A subjugação do discurso político à mensagem necessária do ponto de vista da comunicação e do marketing é, precisamente, o maior problema da política: afasta os competentes e atrai os actores.
Note que eu não tenho nada contra um político competente que seja bom actor...
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De João. a 07.12.2011 às 20:06

Começou o processo de sublimação, curiosamente inaugurado agora em que é a direita que governa, em que o Gustavo se prepara para nos oferecer um mentirómetro que permita avaliar objectivamente quando é que a mentira, por si só, e não por decisão democrática, deve levar à remoção de um político.

A dura realidade, mais uma vez, é que a nossa tolerância à mentira dos governantes aumenta bastante quando somos apoiantes do governo.

Para a oposição o malho, para os nossos filigranas, rendilhados, pesos e medidas de toda a espécie e feitio.

Você ilude-se. A democracia convive bem com a mentira e nós também, embora convivamos melhor uns com uns mentirosos e outros com outros.
Ou seja, tudo depende da mentira a que nos filiamos se é mais à esquerda ou mais à direita.


 
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 20:23

Vou mais pela questão da competência do que pela via "puritana" da mentira.
Todos mentem? Acredito que sim?
Todos são competentes? Está visto que não.


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De João. a 07.12.2011 às 20:40

A competência tem muito que lhe de diga em política. Veja que em certo sentido se pode dizer que Stalin foi muito competente na repressão brutal e terrorista da oposição. Que Salazar foi muito competente em manter-se no poder mais de 3 décadas.
Sócrates, portanto, tem-se como incompetente.
Passos Coelho como competente, mas se a competência de Passos Coelho em aprofundar a redução da despesa se revelar nefasta para o país, o que parece hoje competente amanhã será incompetente.
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 21:27

Concordo com o que diz em relação a Sócrates (tido como incompetente). Em relação a Passos Coelho, ainda não estou convencido que seja o político que precisamos.
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De João. a 08.12.2011 às 01:39

O Passos Coelho tenta passar por inimputável - ou seja, tenta laborar num plano inferior ao da competência / incompetência, um plano que, aliás, julgo que lhe cabe como uma luva.
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De João. a 07.12.2011 às 18:46

"Isto em geral. Nos casos concretos, ao contrário, os políticos são penalizados pela mentira, mas são-no enquanto ao mesmo tempo a democracia convive necessariamente com a mentira. É um paradoxo, mas é assim que funciona."

Do ponto de vista estrito da mentira acrescentaria ao que citei aqui do meu comentário anterior, que a rotatividade democrática se resume à rotação de mentirosos - isto porque todos mentem. Enfim a democracia renova-se renovando os mentirosos. É por isto que o excessivo moralismo, muito simpático à direita, é não só objectivamente hipócrita como fragiliza a própria democracia-representativa-parlamentar.

Parafraseando o sr. Costa do Banco de Portugal, esta é a dura realidade, por muito que a escondamos ela transborda por todos os lados.
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 14:45

Isto aqui não é o Corporações; O meu nome é Gustavo Santos e fui eu que escrevi o post de cima

 
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De Gustavo Santos a 07.12.2011 às 15:11

Mais criancice do que "querer pagar a dívida" é desprezá-la completamente.
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De Dédé a 07.12.2011 às 15:14

Zero em política e máximo em ignorância para o autor do post.
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De Desempregado a 07.12.2011 às 16:11


FDP........
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De Pedro a 07.12.2011 às 16:24

http://youtu.be/JXyx58cUhUY
Eu pensava que era problema de tradução mas agora que vi o vídeo percebi que não
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De Pedro Silva a 07.12.2011 às 16:58

Er... bem, até que pode ter uma certa razão. A dívida é um instrumento poderoso quando utilizada para investimento reprodutivo e não para esbanjar, consumo ou pagar dívidas vencidas...
Um país ocmo a Alemanha ou os EUA até podem gerir a sua dívida. Têm poderosas economias e conseguem antecipar ganhos futuros. Além do mais temos de ver também de quanto são eles credores.
Um país pequeno como Portugal não se pode dar ao luxo de se encurralar com dívidas perto do seu PIB pois a economia já nem produz para pagar juros... Como é que se gere uma dívida quando já nem o serviço da mesma é possível?!
Juro que procurei e ainda não encontrei o livro onde ele tirou esta atordoada....
PS- Espanha não é um país pequeno...

Pedro Silva
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De Beirão a 07.12.2011 às 19:01

Quando daqui a 100 anos aparecer um Prof. Saraiva
fazer a história 'disto' na tv , que havia um salafrário em Dezembro de 2011 que, tendo levado o país à falência por indecente e má figura e depois fugido para França, aqui, um dia, sem pingo de vergonha nas trombas, esse salafrário, sem corar, atreveu-se a declarar que "pagar dívidas é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu aprendi."
Daqui a 100 anos, as gerações desse tempo interrogar-se-ão, perante uma tal monstruosidade vomitada por um gajo que esteve oito anos à frente dos destinos de Portugal, como foi possível que "aqueles nossos 'avós' tivesse deixado chegar ao poder um aldrabão incompetente e irresponsável deste jaez? Como foi possível uma coisa destas?!" Porca miséria!  
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De João. a 08.12.2011 às 01:43

Daqui a cem anos as dívidas púbicas de Portugal, Alemanha, França, EUA, Japão, Finlândia, etc, etc, continuarão a correr como correm hoje - isso se ainda estivermos num sistema capitalista.
Se o sistema for outro, já não sei.

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