Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




três boas razões para apoiar a gabriela canavilhas

por Rodrigo Moita de Deus, em 19.01.12

1. Sou autor. Recebo direitos de autor. Os meus filhos vão receber esses direitos de autor. Quando chegarem à conclusão que ninguém tem de pagar a propriedade inteletual os meus filhos (são três) deixam de receber direitos de autor;

2. Portugal pode produzir sapatos baratos para exportar para a alemanha ou pode dedicar-se a outros setores de actividade com mais valia para o país e para os portugueses. Tecnologia, indústrias culturais e tudo o que é economia criativa. E só há economia criativa se a propriedade inteletual estiver protegida. Se compensar pensar. Quando preferimos proteger os gigas dos fabricantes chineses em vez de garantir que pensar é negócio estamos a ir para o caminho dos sapatos baratos;

3. Somos tão poucos a defender a Gabriela Canavilhas que há fortes possibilidades de ser convidado para jantar.  


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Pedro a 19.01.2012 às 21:39

1º se é autor, receberá direitos de autor (pequeninos) se e quando vender... NÃo receberá nada com esta lei, portanto tire daí o cavalinho da chuva se acha que lhe vai pingar algum só por ser autor...
2º Bom, tenho a impressão que as grandes obras não foram feitas com o intuito comercial, mas, de facto, os autores devem ser remunerados pelas suas obras... Quando as venderem, que acontecerá porque têm qualidade.
3º A Gabriela Canavilhas é uma pianista, percebe tanto de leis como o cão que ali vai a passar. Esta medida é nada mais nada menos que um imposto, punitivo nalguns casos, ainda por cima consignado... Não existe nem se pode presumir uma relação entre disco rígido e violação dos direitos de autor...
Mas como este país dá para tudo, nada já me espanta.
Enfim, passa-se a mandar vir os discos de fora...
3º E não estará a maioria verta?
Sem imagem de perfil

De Jonas Nuts a 19.01.2012 às 22:20

Na minha opinião pessoal não tens razão. Se produzires alguma coisa e eu a usar comercialmente, então pago o que for necessário. A ti, aos teus filhos, enfim, até se diluir o DNA. Conforme o projeto de lei está, NÃO, NÃO e NÃO!
A chulice tem limites.
Sem imagem de perfil

De Mário a 19.01.2012 às 22:22

"E agora vou ali fazer o download do braveheart para o meu disco externo de 500 gigas e já volto"

Esta piada tem piada.

V. acha bem receber direitos de autor pela criação do Mel Gibson ?
Sem imagem de perfil

De AB a 19.01.2012 às 23:52

Se os autores não forem remunerados pelas obras efectivamente fruídas pelos consumidores é pirataria. Sou contra a pirataria.
Se você fôr remunerado por aquilo que nunca fez é roubo. Sou contra ladrões.
Se me está a chamar ladrão só porque compro um meio de armazenamento de dados, você está a insultar-me. Sou contra cretinos.
E já agora, nem sei de raio você é autor. E digo-lhe mais; se é para reembolsar os pobres autores coitados, então enviem as receitas da taxa para a Adele, para o Spielberg, e para os que são de facto pirateados.
Sem imagem de perfil

De AB a 19.01.2012 às 23:58

Até lhe digo mais; a SPA deve ter algum estudo secreto que demonstra por A+B que Manoel de Oliveira é bastante mais pirateado que James Cameron. E o Toy muito mais que os Coldplay.
Se a coisa não fosse saír tão cara era de rir.
Sem imagem de perfil

De Joaquim Amado Lopes a 20.01.2012 às 01:02

O Rodrigo é uma pessoa inteligente portanto a sua defesa imbecil de uma proposta de Lei absurda deve ser... melhor, SÓ PODE SER ironia (embora referir-se aos seus filhos me faça temer que não seja).


Não tenho nada contra os autores receberem as compensações que considerem adequadas pelos conteúdos que produzem. Na realidade (e não sou autor), acho intelectualmente ofensiva a defesa da cópia livre de conteúdos que os respectivos autores não pretendem que seja livre e gostaria que as autoridades fossem muito mais activas e competentes na repressão das "cópias piratas".


Mas essa compensação só pode vir da venda desses conteúdos ao valor decidido pelo autor (ou por a quem este vendeu os direitos) e de eventuais indemnizações decididas pelos tribunais, devidas por terceiros que tenham produzido, distribuido ou consumido cópias não autorizadas.


Pretender ser "compensado" através de uma taxa que se aplica indiscriminadamente a todos os que adquirem equipamentos e/ou consumíveis que lhes permitirão fazer cópias dos conteúdos que o Rodrigo produza mesmo que esses consumidores nunca tenham tido qualquer contacto com esses conteúdos é inaceitável.


A Gabriela Canavilhas até poderá ser uma MILF (quem não esteja familiarizado com este acrónimo é só "googlar") com quem o Rodrigo queira jantar mas uma mulher, por muito atraente que seja, capaz de idealizar tamanha barbaridade não merece mais atenção do que a estritamente necessária para lhe dar um valente par de tabefes nas fuças.
Se este Lei fôr aprovada, é mesmo isso que todos os consumidores deste tipo de produtos devem fazer a todos os deputados que votem a favor.
Sem imagem de perfil

De Francisco Figueira a 20.01.2012 às 10:14

Um jantar até era boa ideia, pois a ex-ministra açoriana, apesar da idade, ainda é gira e fois, quiçá, a ministra mais bonita que algum governo teve. Foi das poucas coisas que o Sócrates apresentou de jeito! :-D
Sem imagem de perfil

De Marialva a 20.01.2012 às 20:00

Concordo!
Sem imagem de perfil

De Patrões e seguranças a 20.01.2012 às 11:09

Já ouviram com certeza falar daqueles patrões que estão a descontar no salários dos seguranças, seus empregados, o valor dos objectos furtados por terceiros do interior das instalações vigiadas, não já?
Assim de imediato esta atitude causa repulsa ao bom senso, não causa, Sr. Rodrigo de Deus?
E não só causa como está a ser considerada, como não podia deixar de ser, completamente ilegal pelos tribunais.
Basta ver:
- Quem comete o acto ilícito: o vigilante ou o ladrão (ponhamos de parte a hipótese de o segurança estar conluiado com o ladrão)?
- Quem deve por isso ser responsabilizado pelo acto ilícito?
- E indemnizar pelos prejuízos causados pelo acto ilícito: o trabalhador ou o ladrão?
E não me venham dizer que se o trabalhador fizesse o seu trabalho não haveria furtos, porque esta afirmação é tão desrazoável como dizer que é possível evitar todos os acidentes na estrada, todas as mortes nos hospitais ou
todo o tráfico de droga.

Se isto assim é, o que dizer do pagamento de uma taxa, imposto ou o que quer que seja, pela aquisição de um disco duro a fim de combater a pirataria?
Não cheira a patrões e seguranças?
Sem imagem de perfil

De p D s a 20.01.2012 às 17:02

Rodrigo, 
por acaso, eu, tenho em casa numerosas cassetes em VHS, com filmes "originais". Foram compradas e pagas por mim na totalidade (o preço das mesmas, julgo ter já a parte dos autores).


Como hoje em dia os leitores de video estão a desaparecer e como tambem as cassetes de VHS com o tempo perdem qualidade cheguei á conclusão que o melhor seria mesmo guardar os conteudos (filmes) que PAGUEI, em formato digital.


Só assim puderei de futuro usufruir de algo que paguei na totalidade, e que é meu!


Ora com esta proposta de lei, supostamente deverei ser taxado novamente.


Se até em Direito uma pessoa não pode ser condenada 2 vezes pelo mesmo crime...porque raio é que eu devo ser taxado 2 vezes pela mesma obra ???




...e se porventura, pretender trocar o disco onde guardei os filmes VHS q paguei, por outro mais rapido volto a ser taxado pelos autores!




Acha de facto o Rodrigo, logico e racional, que um qualquer autor recebe tres vezes "royaltees" por uma unica obra ?


Daqui a pouco...quem vai preso são as pistolas...e não os gajos que dão tiros! A logica é precisamente a mesma!


Por exemplo: já q é dificl apanhar os assassinos, bora lá prender toda e qualquer pistola por 25 anos. Só depois disso é que pode ser vendida...e assim já tá cumprida a pena, do possivel homicidio q esta pistola pode realizar! Ok...as balas ficavem em prisão domiciliaria por 6 meses, boa ???


 
Sem imagem de perfil

De João a 20.01.2012 às 18:58

Portanto cada vez que comprar uma casa com garagem tenho de pagar uma taxa que vai para os construtores de carros? Pois...


Fala em proteger a propriedade inteletual, acha mesmo que é com taxas sobre um tipo de produtos, que podem nem servir para guardar essas "propriedades", que se resolve o problema? A sério?

Comentar post