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ainda sobre o registo de interesses

por Rodrigo Moita de Deus, em 24.01.12

não Filipe,

Vamos começar ao contrário. Eu não estou a discutir maçonaria, não estou a discutir transparência e também não estou a discutir procedimentos administrativos. O meu ponto sempre foi outro. Eu quero que os meus deputados tenham interesses. Muitos. Que tenham agenda. Muita. Que tenham causas. Muitas. Que tenham carreira. Redes de contactos e de influências. Quero que tenham vivido o mundo. Que o conheçam. O que não quero é este mundo tonto onde um deputado não pode votar matérias onde é parte interessada. O que não quero mesmo são deputados assépticos e esterilizados a caminho da profissionalização plena.

O país está a funcionar de compensações. Como não acreditamos nos políticos, como não conseguimos responsabilizar os políticos pelas decisões que tomam compensamos com a fiscalização prévia dos seus atos em género de obsessão voyeurística. E pumba. Temos cada vez mais deputados profissionais sem interesse ou interesses para registar.  


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Gustavo a 25.01.2012 às 08:12

Rodrigo,

Concordo plenamente. Em todo o caso, o currículo da maioria dos deputados é ignorado pelos eleitores. Em modo campanha legislativa, a nossa influência sobre quem efectivamente entra ou não para o parlamento, é muito reduzida. Da lista proposta pelo PS, partido onde milito e no qual votei, só conhecia meia dúzia de caras. Talvez funcione nas regiões mais pequenas, mas não em Lisboa/Porto onde os aparelhos partidários - tão ou mais obscuros do que a própria maçonaria - asseguram a eleição duns badamecos que nunca se prestaram a declarações pessoais nem de qualquer outro tipo - e aterram, como se nada fosse, no órgão máximo legislativo da república Portuguesa. E mesmo, que uma vez empossados, assumam perante o povo que praticam sodomia canibal (ou algo do género), passará despercebido. Funciona assim há quase 40 anos

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