por Alexandre Borges, em 05.12.06
Compreendo, facilmente, as razões para a crise da direita.
Afinal, subtraída ao Comunismo, a Estaline, a Fidel, ao Muro, à maneira dum peeling historico-ideológico, a esquerda converteu-se em pouco menos que o próprio Bem. Reclama para si as preocupações ambientais, a justiça social e sensivelmente toda a cultura. E, em tempos mais recentes, também o mercado, a livre concorrência, a tecnologia.
Que pode, pois, sobrar para a direita brincar, senão uma certa nostalgia salazarista e, evidentemente, a exploração do homem pelo homem?
Nada.
Afinal, a esquerda é uma coisa e o seu contrário, bastando, para tal, que nos voltemos de frente ou de costas, de modo a ter sempre desse lado o lado certo da História.