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O Paulo Marcelo, desta vez, levou o seu esforço indutivo demasiado longe. Se aquilo que "tem" de ser salvo só puder sê-lo com o milagre do federalismo, valerá a pena salvá-lo? Em nome de quê? ou de quem? Para quê? Para quem? A ideia que me dá é que estamos todos tão empenhados em defender uma coisa que nem nos damos conta de que há outras, a meu ver bem mais importantes, que ninguém cuida de defender.
Imagine-se uma estufa antiga, bonita, preciosa, de risco impecável, recheada das flores mais raras do mundo. De repente, descobre-se que uma das traves foi atacada por uma espécie de formigas particularmente vorazes. Há que resolver o problema rapidamente. Solução: caçar formiga a formiga ou, mais eficaz, fumigar toda a estrutura. Opta-se, claro, pela eficácia. Salvou-se a estufa. Perderam-se as flores.