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não é preciso ser o vítor gaspar nem o álvaro...

por Alexandre Borges, em 25.05.12

 

...para pôr em prática medidas de crescimento económico.

Uma proposta simples, com a assinatura da Assoft.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Joaquim Amado Lopes a 25.05.2012 às 13:52

Alexandre,
A "proposta" da ASSOFT é equivalente a "se se acabar com o crime/corrupção/poluição/...". É uma ideia que se poderia tornar num objectivo (necessariamente intermédio) mas não é uma proposta nem inclui quaisquer medidas.
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Quanto ao que é dito no video, os especialistas(?) da Universidade Católica deverão saber melhor do que eu mas não parece fazer qualquer sentido.
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"50 mil milhões de euros desapareceram da economia mundial em 2011"
Disparate. Pirataria informática tem a ver com o usufruto de software e conteúdos sem o devido pagamento aos proprietários dos respectivos direitos. Particulares e empresas que não pagam pelo software e conteúdos que usam e consomem não destroem o dinheiro, gastam-no noutras coisas.
Assim, o dinheiro não "desaparece" da economia, apenas circula para outros bolsos que não os dos produtores, distribuidores e retalhistas.
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"Menos impostos pagos pela indústria de software"
O que o Estado não cobra em impostos pelo software e conteúdos não vendidos (muito menos do que o pirateado) acaba por cobrar (pelo menos em parte) em impostos sobre outros bens e serviços adquiridos com o dinheiro que não é gasto no software e conteúdos.
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"Menos mercado para as empresas portuguesas de tecnologias de informação"
Só para os distribuidores e retalhistas e, mesmo para estes, só na componente software/conteúdos.
A pirataria informática resulta num aumento da utilização de sistemas informáticos, o que leva à aquisição de mais hardware.
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"Menos trabalho para os profissionais de informática portugueses"
Mais manutenção, mais suporte e mais consultoria.
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"Menos dinheiro para a economia nacional"
Sendo a utilização de sistemas informáticos um factor potenciador da produtividade, empresas e profissionais das mais diversas áreas usarem software que não usariam se o tivessem que pagar deverá resultar num ligeiro aumento da produtividade geral.
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"+320 milhões de euros pagos em impostos a Portugal"
De quantos milhões de euros recebidos pelas empresas estrangeiras que pagam esses impostos a Portugal?
E quantos milhões se deixariam de cobrar pelas transacções de bens e serviços que são actualmente sustentadas pelo dinheiro que não é gasto em software/conteúdos?
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"Devolver 1150 milhões de euros à economia portuguesa"
Vindos de onde? E descontados de quantos milhares de milhões pagos pela economia portuguesa aos produtores do software e conteúdos?
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"Piratear é um tiro no pé"
Tiro no pé é este vídeo que só "diz" uma coisa correcta: "ninguém parece envergonhar-se de ser pirata".
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A pirataria informática é condenável da mesma forma que o roubo e a fraude o são. É verdade que a falta de vergonha é um sinal dos (tristes) tempos em que vivemos mas inventar uns números disparatados e fazer um vídeo "e se...?" sem qualquer sentido não ajuda nada.
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De Pedro a 25.05.2012 às 16:38

Por essa ordem de ideias, o dinheiro desviado da economia por politicos e empresários corruptos, também não faz mal porque vai ser aplicado noutra coisa qualquer, não?

Dou-lhe nota zero em Lógica 101
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De Joaquim Amado Lopes a 25.05.2012 às 23:18

O dinheiro que políticos e empresários corruptos desviam não é desviado da economia. É desviado do Estado (o que é o mesmo que dizer do bolso dos contribuintes) e das empresas.

O facto de se acreditar que a pirataria informática não tem para a economia (PIB, desemprego, impostos, ...) o efeito negativo que o "estudo" da UC reclama não significa que se defenda os "piratas".
Além de que a minha posição sobre essa matéria está bem explícita em:
"A pirataria informática é condenável da mesma forma que o roubo e a fraude o são."

Na realidade, desde há muito que sou olhado como uma "ave rara" pela maioria dos meus colegas (trabalho na área da Informática há 25 anos) precisamente por agir de acordo com essa posição.

Dou-lhe nota zero em Lógica 001 e em capacidade de entender o que lê.
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De Alberto Mendes a 25.05.2012 às 14:09

Mais uns rentistas a tentar viver debaixo da asa do estado.




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De ME a 25.05.2012 às 15:38

A maior parte do software desenvolvido por empresas portuguesas temo com destinatárias as PME, são na maioria soluções enterprise, controladas fortemente pela ASAE. Trabalho no ramo de informática e todos os anos temos inspecção para verificar licenças de software que utilizámos, como nós muitos outros são inspeccionados, daí que todo este discurso por parte da ASSOFT faz pouco o nenhum sentido.
Os particulares têm vindo a comprar menos DESKTOPS e NOTEBOOKS, portanto obviamente o nº de licenças de software diminuem, cada equipamento possui uma licença OEM. O mercado em crescimento actualmente é de equipamentos como tablets e smartphones, sendo que a maioria vem com Android, software propriedade da google mas que possui um nº ilimitado de aplicações gratuitas.
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De HB a 25.05.2012 às 16:57

Não entendi... Mas quem é que anda a assaltar barcos?
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De Pedro Q. a 25.05.2012 às 16:58

Como já foi dito anteriormente, o estudo/vídeo nao faz sentido nenhum. Há inclusivamente um ponto no estudo que diz que PCs vendidos sem sistema operativo sao pirataria - algo que os utilizadores de software livre ou aqueles que tem licencas Windows em casa factualmente discordarao.

Curiosamente, a Assoft (que salvo erro é uma especie de SPA para o software) tem como membro principal uma empresa conhecida chamada Microsoft. Esta empresa ganha milhoes todos os anos com licencas de software, potencialmente desnecessárias, vendidas ao estado. Se calhar se se comecasse a cortar por aqui, poupar-se-ia mais dinheiro, habituar-se-iam as pessoas ao software livre e a pirataria diminuiria como consequencia.
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De pedro a 25.05.2012 às 17:22

Rent Seeking descarado.
Uma associação obscura de intermediários não consegue encaixar o facto de que estamos no país mais pobre da Europa Ocidental, que estamos falidos e na pior crise económica desde a grande depressão, É NORMAL QUE SE GASTE MENOS EM COISAS DESTAS!!!!
Muito me entristece que a Católica tenha embarcado neste estudo, completamente enviesado... Estão a precisar de dinheiro.
Já procurei o estudo para perceber de onde vieram estes números mas nada.
Vejam lá se percebem: uma piratada não corresponde a um avenda perdida.
Nem vale a pena falar das afirmações hilariantes do estudo. PArece que se descobriu o milagre para o défice, é só tirar a internet às pessoas e vai tudo a correr comprar cd's e dvd's (que, na sua esmagadora maioria, são conetúdos de empresas estrangeiras).
Este é o emrpesariado que temos. O que me consola é que já não mandamos nisto e que a Troika tem mais juízo que nós todos juntos...
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De Ricardo G. Francisco a 25.05.2012 às 18:15

Eu gostei particularmente do detalhe da precisão do número de empregos a criar. Ainda melhor é se viesse repartido por género e área geográfica. Não se pode ter tudo.
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De António a 25.05.2012 às 20:00

"Uma proposta simples, com a assinatura da Assoft"

Por acaso é com assinatura da microsoft mas tudo bem...este é o blog do "liberalismo pela regulação", já estamos habituados...
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De Anónimo a 25.05.2012 às 20:40

ASSoft? 3500 postos de trabalho? 0,6% do PIB? Isto é uma brincadeira, certo?
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De Réspublica a 26.05.2012 às 11:25

By The ACTA boy's...
Piratear apenas é crime se for com intuito económico, a cópia privada já é paga com uma taxa no momento da aquisição de meios informáticos.
Sem pirataria não se vendiam tantos cds, dvds, pens, etc... para gravar, não se pagava taxas, etc...
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De Joaquim Amado Lopes a 26.05.2012 às 16:30

Convém notar que a cópia privada se refere a cópias de software/conteúdos para usufruto de quem os adquiriu, não para uso privado de outros.
No caso do software, há licenças (mais baratas que as outras) que nem sequer permitem a instalação num novo computador caso se avarie aquele em que o software foi instalado originalmente.
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A taxa relativa à cópia privada não tem rigorosamente nada a ver com a pirataria, uma vez que faz todos (os que adquirem equipamentos ou suportes para cópia digital) pagarem para compensar os autores pelo direito de os que adquirem conteúdos copiarem esses conteúdos para seu próprio uso. Essa taxa não faz qualquer sentido.
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Quanto a a pirataria motivar a compra de mais CD's, DVD's, pens, etc., esse argumento funciona a favor dos piratas (que se sentem "autorizados" a violar a Lei) e contra todos os outros consumidores.
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De Pedro a 26.05.2012 às 12:21

Ora nesta "análise pioneira", entra, no cálculo do pomposo "piracy rate" surge a diferença entre o software que uma máquina corre e o que FOI LEGALMENTE VENDIDO. Na máquina onde escrevo nenhuma peça de software me foi legalmente vendida. Portanto, segundo o estudo só estou a correr software pirata.
Sobre o apoio da microsoft, este vai bem alem do apoio...
https://www.microsoft.com/portugal/p...os.aspx?ID=415
"Para demonstrar o impacto económico da pirataria informática em
Portugal, a Microsoft encomendou à Universidade Católica – Centro de
Estudos Aplicados - o primeiro estudo aprofundado sobre o real impacto
económico da redução da pirataria informática software em Portugal,
designadamente ao nível da criação de novos postos de trabalhos, cujas
primeiras conclusões são esperadas para Fevereiro de 2012."

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