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Quase no final do debate, Sarkozy resume a repisada "crise moral" da França contra a verborreia oca do costume e os habituais lugares-comuns dos mais tremendistas: "la crise morale c'est la crise du travail". Nem mais. Não há crise moral. Há, em França e por toda a Europa, a crise do emprego. Ninguém se sente digno se não conseguir, pelo seu trabalho e talentos, prover ao seu sustento e ao reconhecimento do seu mérito. E não há qualquer retórica grandiloquente dos valores, não há ética republicana, piedade cristã ou defesa da família que resista à indignidade da penúria.