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Serviço low cost III

por João Moreira Pinto, em 16.06.12

Mas não só as organizações que representam os médicos têm culpas no cartório, os próprios médicos são de alguma forma responsáveis. Primeiro, porque votam em quem os representa desta forma. Segundo, porque, durante anos, acharam bem contratar recém-especialistas a €3200 euros/mês (o equivalente a uma subida de 15-20 anos pela tão defendida carreira médica), aproveitaram-se de um regime de ordenados baseado em horas extra-ordinárias (muitas vezes inflacionadas), não denunciaram os contratos dos seus pares que prestavam serviço médico a um preço muito mais caro que o preço da hora extra estipulado, muitas vezes através da constituição de empresas, entre outros pequenos escândalos. Defenderam-se os médicos, não se defendeu o Sistema Nacional de Saúde.

 

Chegados a este ponto, percebe-se que é necessária uma mudança. Nas redes sociais manifestam-se recém-especialistas e médicos internos (os que ainda estão a tirar a especialidade), porque percebem que o caminho trilhado pelos colegas mais velhos e pelos governos anteriores empurrou-os (-nos) para uma situação de crise que pagarão com salários baixos independente da competência ou qualidade de cada um. São médicos que defendem que o mérito deverá ser critério de desempate, que a progressão salarial deverá ser proporcional à competência individual e da qualidade do serviço, que a forma de reconhecimento deverá passar pela escolha livre do utente. Tudo ideias que continuam a não vir espelhadas nas declarações conjuntas dos sindicatos e da Ordem dos Médicos. Tudo ideias que o governo já defendeu e que parece ter deixado de acreditar. Quem defende estes médicos? joaompinto


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Algarve a 16.06.2012 às 23:13

Em Faro os medicos ganham cerca de 500/600euros por noite e passam a noite a dormir!Em Faro,vamos ás urgencias passamos 5,6,8 horas facilmente á espera e com a urgencia completamente vazia!Como é que isto é possivel de acontecer!O senhor doutor vai para as urgencias do hospital para atender clientes ou para passar a noite inteira no facebook e no porntube?Isto está igual para pior que Africa!!
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De Uma Cruzada Pela Ordem dos Hospitalários a 16.06.2012 às 23:54

Ou diz-se pela Horda d'Ouro?

Quem Defende a Segunda Corporação mais poderosa do século XXI?

A terceira é Defendida pelo Don Januário

A primeira e seguintes pelo Deus Grego da Guerra

Bolas devem estar a ser ainda mais perseguidos do que o pessoal das lojas

Para precisarem de taes defesas

Não passavam ao ataque dia 11?
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De Os médicos são vacas sagradas a 16.06.2012 às 23:59

E claro que também há bois e boys.
Poys.
Num país com 25% de Hipocondríacos e 75% de maníaco-depressivos se não fossem os 100% que precisam de ser defendidos e os 50% que andam a ser perseguidos pelos outros 50% de esquizofrénicos
Ora deixa cá ver 25+75+100....

somos uma grande nação....é só fazer as con tásse...

que cada português cumpra o seu dever
já fomos dos melhores a imprimir dólares
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De Chamar às médicas vacas a 17.06.2012 às 00:01

E aos carenciados e desempregados machos das vacas médicas, bois ou boys médicos, é redutor.
É uma espécie em vias de extinção, há que protegê-la
e se possível reproduzir os que estão em cativeiro.
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De As Guerras Médicas não foram com gregos? a 17.06.2012 às 00:18

Se calhar somos mesmo gregos, só temos é poucos persas a atacar e aparentemente eles nem têm defesa.
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De Os gregos sabiam-na toda a 17.06.2012 às 00:23

Chamam-se Guerras Médicas ou Guerras Greco-Persas[1] aos conflitos bélicos entre os antigos gregos e o Império Persa durante o século V a.C..

As Guerras Médicas ocorreram entre povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa isto é do domínio médico, além de terem um Império de SNS feitos, ainda queriam que a gente lhes pagasse a defesa?

Somos gregos, mas não somos parvos.
Bom, pelo menos não somos muito.
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De Quem defende estes médicos? a 17.06.2012 às 01:20

Juro que não defendo nada, nem a mim, quanto mais os outros, acho que por 2500 ou 3000 rupias por mês, mais valia irem trabalhar no Iraque, ou no Afeganistão, ou em Alcaíns, ou Alcanena, essas terras da primavera árabe, cheias de petrodólares.
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De Genesius a 17.06.2012 às 09:48

Nada me move contra os médicos, como nda me move contra os engenheiros e outros "peritos".
Contudo convém lembrar que a redução de vencimentos e a redução do preço do trabalho tem baixado em todas as áreas profissionais.
Agora chegou aos médicos...Aqui D`El Rei...
Convém lembrar que os jovens das classes médias não conseguem entrar em Medicina. Porquê? São as notas do Secundário obtidas em colégios caros onde as condições de estudo são muito diferentes de algumas escolas públicas. Porque não se deixou abrir faculdades de medicina nas universidades privadas?
Só deixam abrir direito e engenharias.Mas quem estápor detrás desta política? A Ordem com o apoio dos Governos.Defendem o seu mercado de trabalho. O Povo que agora invocam sempre esteve ao lado da coisa pois limitam substancialmente que os seus filhos possam formar-se em Medicina. Os ricos protegiam deste modo os filhos dando-lhes uma profissão com emprego garantido no Estado e a ganhar bom dinheiro comparativamente a outros profissionais.
Agora como ão têm um médico a Ministro e este olha mais para as contas e vê que pode pagar mais barato por uma hora de um médico é um AI JESUS que não pode ser.
Hipocrisia pegada. Para muitos médicos o SNS é a apenas "uma vaca leiteira" sempre pronta a ser ordenhada.
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De Algarve a 17.06.2012 às 12:10

E o povo é que se lixa....Se os medicos das urgencias dos hospitais ganham mais de 1000euros por mês é um gozo com o cidadão.Com o que eles fazem e pelo respeito que demonstram pelas pessoas acho que nem 1000 merecem.E os estranjeiros não são melhores,os medicos portugueses passam-lhes logo o virus da ronha e do "queres morrer está á vontade,a morgue está aqui para isso mesmo"!
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De Gustavo a 17.06.2012 às 12:36

Para profissões de respeito que se querem liberais, a medicina e o direito são alvo de proteccionismo exacerbado, contrário a todos os progressos alcançados no mercado de trabalho.
Duvido muito que os médicos necessitem duma representação especial. Bons salários, carreiras intocáveis, estatuto exagerado. São os funcionários públicos mais regalados e a sua condição minoritária, injustamente promovida pela O.M. e acatada pelos ministérios do Ensino Superior (et al) confere-lhes essa arrogância que todos acusamos.
Abrem-se concursos públicos para a construção de estradas, estádios, edifícios governamentais. O critério monetário é da maior importância, sobretudo em época de bancarrota. Foi, aliás, assim que falimos: Executámos despesas absurdas, atribuíram-se parcerias desvantajosas sempre baseados num orçamento infinito. O cidadão faz essa conta: Por exemplo, e mesmo em matérias de saúde, opta por ser maltratado num hospital público ao invés de receber os luxos dispendiosos do serviço privado. Se for endinheirado, faz o oposto. O Estado não tem dinheiro. É só fazer as contas.
É claro um risco contratar apenas os médicos mais baratos, e proporcionar apenas tratamentos da pior qualidade, aos portugueses necessitados. Com a saúde não se brinca. Mas na construção dum viaduto ou de uma ponte adjudica-se a obra ao melhor preçário. Se esta for mal realizada, a dita estrutura vai ao ar e morrem centenas de pessoas. Numericamente, acho que prefiro o médico incompetente
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De Algarve a 17.06.2012 às 18:41

Os medicos mais baratos não são por esse motivo os piores.No centro de saude de Faro está um medico alcolico a trabalhar está sempre bebado e não é por isso que deixa de atender,por exemplo...No hospital de Faro,o senhor doutor não vai para o hostpital para atender ninguem,vai para dormir e para passar umas horas na net,"quem quiser morrer que morra,a morgue está lá para isso".
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De Anónimo a 17.06.2012 às 18:55

É muito giro, este circo de "tiro ao médico". Pessoalmente, preferia tiro ao Mexia, ou tiro ao Coelho (jorge), mas ok.

A maioria dos "berrantes" tem dinheiro para ir ao privado e até lhe convém que se pague menos ao SNS que é público, e onde, diga-se o que se disser, só vai o pobre, portanto, são €s mal gastos.

E depois há o analfabeto pobre, que continua pró-comunistoso e acha que devem comer todos pelo mesmo e o médico deve ganhar 500 euros "e já vai com sorte". AH, A VELHA URSS, ONDE O MINEIRO GANHAVA MAIS QUE O MÉDICO! QUE SAUDADES!

Ao primeiro grupo, um "passou bem?". Nada a fazer. Ao segundo: pensem nisto: negligência médica paga-se com o FIM da carreira, não com uma repreensãozinha. Mais uma acusação de homicídio por negligência. E quantas noites não se fazem com centenas de doentes, muitos com condições médicas silenciosas, mal diagnosticadas de antemão ou mesmo mal reportadas pelo doente?

E sim, se açougarem muito e as vagas no privado estiverem cheias, vão-se embora os bandidos dos médicos. Porque "lá fora", os cursos de Medicina são mesmo mais fáceis de fazer, e como tal, também têm menos valor. Enquanto um formado, por exemplo, pela FCML ou pelo ICBAS consegue carreira na UE ou nos EUA muito facilmente (vão-se informar, olhem que já não são 1 ou 2, já são uns quantos). Assim como assim, já somos obrigados a falar inglês para tirar o curso (e francês, para Anatomia bem feita, o velho Rouvière) e o clima cá... já não é o que era.

E venham os cubanos e os ucranianos. A parvónia não merece mais que isso. Mais uma vez, excepção aos doentinhos do privado, que merecem o melhor e mais inovador na Europa, como o Hospital da Luz. Mas para os outros, como sabem morder a mão que os trata, que se matem de vez.

"Fui ontem ao hospital que bati com a cabeça e a minha médica nã me queria passar o TACo... Ora! Enquanto nã passou nã saí de lá!" - Total: 165,00€ sem IVA, em 5 minutos, porque deu uma pancadinha. Se não fossem uns 10 ou 11 por dia, assim, até era anedota.
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De Algarve a 17.06.2012 às 23:21

"negligência médica paga-se com o FIM da carreira, não com uma repreensãozinha."De certeza?Pense nisso...
E 600 euros por noite em horas extra acha bem?A dormir,acha bem?Voçe á mais de 10 anos que não vai a um hospital pois não?
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De Anónimo a 18.06.2012 às 10:56

Sim, de certeza. Constitui razão para expulsão da Ordem e revogação da licença de exercício médico.

Essa do dormir... O que se passa é que numa urgência não há "médicos". Há médicos insternistas (especialistas em Medicina Interna, diferente de internos), que fazem o diagnóstico do doente que entra. E há especialistas que são obrigatórios numa urgência, mas que só são chamados em caso de terem serviço na sua especialidade. É o caso de um neurocirurgião, um oftalmologista, etc.
Claro que se podia pôr esses especialistas a trabalhar como internistas. O problema é que a maioria já passa dos 50 anos e nem devia (sim, não é permitido em alguns países, mas cá é) fazer urgências.

Há falta de médicos? Não, há falta de qualidade de médicos. O número está bom, só que estão concentrados geograficamente nas cidades, em especialidades mal distribuídas e com idades superiores ao desejável.

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