por Laura Abreu Cravo, em 03.05.07
Independentemente de qualquer consideração sobre o alegado envolvimento de Carmona Rodrigues no caso Bragaparques (cujos contornos, no essencial desconheço) e da minha posição no que respeita à manutenção ou não em exercício de mandato dos autarcas que sejam constituídos arguidos em processo judicial, aproveito para discordar cordialmente do o que a nossa Tereza escreve
aqui em baixo.
Creio mesmo que, desta vez, Carmona aprendeu a lição e está a jogar o jogo seguindo as mesmas regras que os outros. As da estratégia. Ao recusar demitir-se, Carmona mantém a aura de impoluto, a pose de ofendido e as mangas arregaçadas de quem quer trabalhar por e para os seus lisboetas. Marques Mendes pode, alegando a empáfia do autarca arguido, exercer uma autoridade que nunca teve e instruir os vereadores do PSD para abandonarem o “comandante” num “navio” sem quórum. Carmona cai de pé, gritando que lhe puxaram o inocente tapete, Mendes sai reforçado dando ao independente e ao partido uma lição de disciplina e lealdade orgânica (a que obtém, espera-se, dos seus vereadores).
É impressão minha ou isto assim corre bem para toda a gente? Temos homem, temos. E mais do que um até.