Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




da estupidez

por Alexandre Borges, em 27.07.12

Vasco Pulido Valente no Público de hoje. Vale a pena transcrever boa parte da crónica. Num país decente, com políticos decentes e jornalistas decentes, não seria preciso explicar o que VPV aqui explica, mas, como estamos no Portugal de 2012, parece que é preciso. Teimemos em ser tacanhos, falsos moralistas e em ver apenas o que nos interessa e, depois, continuemos a tentar encontrar culpados para o atraso do país que não nós mesmos.

 

Num jantar com deputados do PSD, com alguns ministros e com a presidente da Assembleia da República, Pedro Passos Coelho disse que não queria saber para nada de eleições (que se "lixem" foi a expressão). Houve logo algumas pessoas biblicamente estúpidas para interpretar a frase de uma maneira que nem a ocasião nem o contexto permitiam. Uns concluíram que o primeiro-ministro se estava a "lixar" para a democracia. Outros - o que não passa de uma variante - que a opinião dos portugueses não lhe interessava. Quase ninguém percebeu (ou muita gente resolveu fingir que não percebia) o que Passos Coelho claramente comunicou às suas tropas. A saber: que o Governo não mexeria um dedo para ajudar o partido na série de eleições que se aproximam (Açores, câmaras, Parlamento Europeu).

(...) A este acto de inteligência e coragem o público informado respondeu com comentários rasteiros, que envergonham um morto.

Para começar, como já expliquei, a história inteiramente idiota de que Passos Coelho desprezava a democracia. Segundo, o protesto hipócrita e pequeno-burgês por ele se atrever a usar, numa espécie de comício, a terrível palavra "lixem". Isto que, em formas bem mais duras, se tornou habitual na imprensa inglesa ou americana ainda ofende o ouvido de certas damas da academia e da sociedade, que por aí despejam opiniões sem sentido. Vale a pena insistir numa atitude tão ridícula? Vale porque ela mostra bem a que ponto chega a má-fé e a obnubilação da esquerda. (...)


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Respúbica a 27.07.2012 às 14:03

Morte ao Dantas , PIM !
Sem imagem de perfil

De ó obnubilado das bilas a 28.07.2012 às 16:12

o dantas já morreu e o manifesto com ele

até o estádio das dantas já se está a esfarelar apesar do face lift
Sem imagem de perfil

De Algarve a 27.07.2012 às 14:23

Afinal o governo vai fazer dois contratos por dois anos para gerir os 600 mil euros de ajuda aos incendios.Cada contrato tem um presidente por detras,cada presidente dois administradores(é muito trabalho para um presidente),cada administrador tem tres engenheiros(muito trabalho...) e cada engenheiro tem um "preto" para fazer o verdadeiro trabalho.Fazendo as contas:5000x2+3000x4+2000x12+600x12=53200euros por mês

Resultado:o dinheiro não vai chegar para um ano e não vão gastar um centimo na verdadeira ajuda aos incendios.
Sem imagem de perfil

De Respúbica a 27.07.2012 às 14:56

O Câmara Corporativa já funciona....
Estes, devem estar contentes !
Sem imagem de perfil

De Joaquim Amado Lopes a 27.07.2012 às 15:36

"algumas pessoas biblicamente estúpidas" é realmente uma expressão feliz mas convém nomeá-las.
Uma delas é o Carlos Zorrinho (http://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=438), que "interpretou" a frase "que se lixem as eleições" (dita num contexto em que não há margem para dúvidas sobre o significado) como "que se lixem os eleitores".
Sem imagem de perfil

De Respúbica a 27.07.2012 às 17:50

Aposto que o discurso foi escrito pelo Relvas e lido pelo grande chefe .
Sem imagem de perfil

De José a 28.07.2012 às 12:15

E o que é que se podia esperar!

V. Pulido Valente em mais um exercício de inteligência. Uma excelente crónica.
Sem imagem de perfil

De Sérgio a 27.07.2012 às 18:02

Não me parece que a questão seja assim tão simplista. É claro que a oposição interpreta as coisas como lhes convém e esta frase explorada ao máximo daria tanto pano para mangas como outras, já no passado, que até poderiam ser inocentes mas a sua discussão levou às mais dispares e polémicas conclusões. Para mim esta frase revela que Passos Coelho está bem ciente das medidas impopulares que anda a tomar mas que acredita piamente que esse é o caminho a seguir. Mas a questão é clara, "e até lá?", ou seja o que acontece até o país estar de novo nos eixos? Sendo que a "coisa" não tem fim à vista e as medidas tomadas com tanta convicção não parecem surtir grandes efeitos práticos, para além de se dissolverem na data do fim da crise... Por mais apoios que se possam inventar eles não chegam a todos (por exemplo, eu sou um jovem Licenciado de 29 anos mas não consigo qualquer estabilidade, mesmo para requerer subsidio de desemprego) e não são a solução, sendo que envolvem mais encargos para o nosso país, ainda por cima, precisamente porque as pessoas não conseguem contribuir para o desenvolvimento do mesmo. Parece lógico perceber que desempregados não estão no activo mas às vezes parece que é preciso relembrar isso mesmo.

Hoje, desempregado há mais de um ano, é quase impossível ver o telejornal, por razões óbvias, e para além disso sair à rua não é muito melhor, sendo que já vejo mendigos e gente a vasculhar o lixo onde nunca tinha visto antes. O problema da afirmação é que o "que se lixe" parece esquecer que agora há gente a morrer, gente na miséria. E não há só aqueles que não querem trabalhar, existem jovens e mais velhos que querem seguir carreira, contribuir positivamente para o país. Bem sei que se pode dizer que a crise não é culpa deste governo, bem, se esticar-mos a "coisa", nem é culpa de um governo apenas, sendo que ela é mundial, mas quando não aparecem as medidas realmente necessárias, quando a justiça continua a ser um dos "cancros" do nosso país, a qual eu acredito que se trabalhasse seria a principal base para a saída da crise, quando as parcerias publico privadas continuam de pedra e cal, quando os bancos recebem biliões que se dissipam em mais dívida, porquê não tratar primeiro da produção interna, das nossas empresas e do nosso povo? Porquê não começar primeiro por baixo, o comprar, o adquirir é que faz mover as empresas, não é continuar a colocar o dinheiro onde já se viu, uma, outra e mais outra vez que ele não é bem gerido. Ok, eu sei como somos aqui em Portugal, se cheirar dinheiro ao pobre ele vai logo arranjar maneira de "sacar" mais e depois paga o justo pelo pecador. Então contornemos a situação, os desempregados que querem realmente trabalhar farão parte de comissões para avaliar cada situação. Tem que haver um controlo justo e apertado a cada apoio, a quem recebe o dinheiro. Para os casos de incumprimento, das duas partes, até porque, mais uma vez, eu sei como somos em Portugal e muitas vezes quem controla são os principais responsáveis pela falta de controlo, mas como estava a dizer, para os casos de incumprimento a JUSTIÇA deveria entrar e ser dura com a aplicação das regras.

Talvez esteja a ser demasiado utópico, para isso seria preciso haver abertura para falar com a "Troika", para isso seria preciso que houvesse controlo sobre os actuais milhões que são roubados e estão à vista de todos, para isso seria preciso que a justiça funcionasse para aqueles que actualmente são culpados sem sombra de dúvidas mas que nem se chegam a sentar nos banco dos réus... Ah, sei lá, se calhar isso daria muito trabalho. Eh! "que se lixe"...
Sem imagem de perfil

De Max a 28.07.2012 às 12:44

Em relação ao texto do Pulido Valente, está excelente. Para quem pensar como ele. Eu não vejo asas de anjo às costas do Passos Coelho, por isso acho uma tentativa falhada de branqueamento.

Quanto ao texto do Sérgio:"Ok, eu sei como somos aqui em Portugal, se cheirar dinheiro ao pobre ele vai logo arranjar maneira de "sacar" mais e depois paga o justo pelo pecador." É claro que o pobre vai logo sacar mais. É por isso mesmo, por terem sacado tanto em subsidios que os pobres se tornaram... pobres. Agora a sério. Não há qualquer coisa de errado neste raciocinio? O problema, nas suas próprias palavras não será "quando os bancos recebem biliões que se dissipam em mais dívida"? Acho que está um pouco confundido. Se calhar não é tão liberal/conservador como pensa que é.
Sem imagem de perfil

De Samuel a 28.07.2012 às 18:34

Triste, mesmo... é um primeiro-ministro sentir necessidade de anunciar que põe os interesses do país à frente dos interesses do seu partido.

Coisas como a honestidade, a caridade (e a hetero-ssexualidade), proclamadas tão alto e bom som, são sempre muito suspeitas! :-) :-)
Sem imagem de perfil

De hetero com hífen e dois S.S.? a 28.07.2012 às 19:28

bolas este é um Homo dos finos....
Sem imagem de perfil

De é dos que inda podem ir à festa d'Avant a 28.07.2012 às 19:31

ou dos que têm de entrar por trás?

revisionismo é fogo....

triste é nenhum líder partidário o ter feito até hoje

triste é tanto sindicalista que faliu empresas em auto-gestão continuar a ser sindicalista

Sem imagem de perfil

De Dama da academia a 29.07.2012 às 08:35

O homem até pode ser estilante e é, mas coitado, não consegue alinhavar uma opinião sem insultar meio mundo. Como a sociedade dos azeiteiros competentes faz eleva-se a coisa a verdade absoluta. Alguma hipocrisia por favor! Fuck it! (Foda-se! Não é isso?)
Sem imagem de perfil

De faz(,) eleva-se a coisa? a 29.07.2012 às 16:36

ó falocracia andante, atenção às bírgulas, a gente eleva as coisas se quiser, isto ainda não é a ditamole do prole du con'trariado

leixai o pulido bater as asas enquanto phode até se tornar mais uma perda irreparável na colt atura putegoesa ou putagoesa tante nos faiz

ó vóis que soys eles e elles

nã é insultado quem quer é insultado quem phode...

logo não insulta meio mundo porque ladrões e arrivistas nem chegam a 5% da maralha
há mais 10% ao serviço púbico

e a maioria que morra ou que emigre
e se não quizere tere a fineza de o fazere
que se cale né...
Sem imagem de perfil

De Dédé a 30.07.2012 às 14:17

Bom, se foi num jantar com os relvas, está desculpado.

Comentar post