Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ao contrário do que pretende fazer crer a campanha que hoje vai ser lançada, o "trabalho sexual [não] é trabalho".
Segundo o Público, esta campanha pretende contribuir para contrariar o estigma que recai sobre quem faz trabalho sexual porque este tem um impacto negativo nas condições de trabalho, na saúde, na segurança. Mas o estigma não existe por acaso.
Existe, precisamente, porque esta não é uma actividade como as outras. E a sociedade tem a percepção dessa diferença ética mesmo quando convive com ela. Quer seja consentida ou até querida, a prostituição e a pornografia não deixam de ser aquilo que são: degradação da condição humana, em particular da das mulheres.
Mas é mais fácil fazer de conta que a miséria humana é uma mera opção profissional e que a sua exploração é uma indústria.