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A ideia de que o sul de Portugal está condenado à pobreza e à desertificação não é nova. Com o mesmo argumento o Estado Novo abandonou sistemáticamente o Alentejo à sua sorte. Foi uma política criminosa: socialmente, economicamente e ambientalmente.
Trinta anos depois de Abril vemos que o conceito do "deserto" irreversível, contra o qual também foi feita a revolução, ainda vive nas mais insuspeitas figuras. Porque cresceram naquela mentalidade. Porque não conseguem desaprender o que lhes foi ensinado.
Grave não é um ministro da república constatar que a "margem sul é um deserto". Grave é um ministro da república achar que isso é normal. Se o Estado, se o dinheiro dos meus impostos, não serve para reduzir estas desigualdades, então para que serve?
Eu, cidadão, não quero ser accionista no negócio aeronáutico.