31 da Armada

Continuemos a tergiversar sobre as causa estruturantes e conjunturais da tragédia, continuemos entretidos com a reforma da floresta, com a reforma da política florestal, com as políticas de combate à desertificação, com as políticas de combate às alterações climáticas, etc.
Entretanto a evidência de auto-estradas abertas à circulação sem visibilidade e ladeadas pelo fogo são detalhe e não falta de competência do dispositivo. Entretanto a sistemática falta de contenção de danos é normal.
Entretanto o termos este ano o número de vítimas apenas proporcional aos grandes incêndios de Londres de séculos idos e inigualável em área ardida é uma inevitabilidade que não ocorreu teimosamente em séculos da nossa história porque aguardava acontecer no ano da graça de dois mil e dezassete, ano em temos a graça de ter ao rumo insignes iluminados.
Entretanto os actores do costume passam incólumes após décadas a fazerem parte deste problema sem solução: Duarte Caldeira e Jaime Marta Soares. Este último aventa agora que se tratam de acções terroristas (?!).
É tudo uma inevitabilidade, tão inevitável como o são as consequências de sermos regidos por gente incompetente sem espinha dorsal a quem a sobrevivência fala mais alto que a noção de responsabilidade directa na mortandade.
Este país virou um lodaçal e, como diria alguém, está na hora de os incêndios serem assunto encerrado porque vêm aí as cheias.

Há 101 anos o maior incêndio conhecido no Pinhal de Leiria arrasou 10% da área.
Ontem e hoje arderam mais de 30%!!!
Estranha maneira desta gente entrar para a história...