por Vítor Cunha, em 25.11.06
Lisboa é hoje uma cidade sem rumo, sem, liderança e sem ideias. Altos dirigentes do PSD ocupam-se a escolher dirigentes de empresas e a gerir a intriga e talvez por isso não lhes sobre tempo para o que importa (alguém explica com racionalidade a aprovação de loteamentos em áreas que vão ser ocupadas pelo TGV? ).
No PS também não há paz, mas já começam a discutir-se nomes para uma eventual antecipação da eleição: Jorge Coelho, João Soares e António Mega Ferreira são os mais falados, não sei se os mais desejados. Qualquer deles poderia dar um bom candidato e um bom presidente. Mas a minha preferência não mudou: há um ano votei em Maria José Nogueira Pinto e hoje voltaria a votar. Mas gostava muito que a minha vereadora não continuasse a pactuar com a desgraça e pudesse ser o eixo da mudança.
A cidade está suja, poluída de carros e de cócó; o caos no trânsito remete-nos para África; a Festa da Música acaba e não se ouve uma palavra do presidente da Câmara. E no meio deste cenário de terror conhecem-se os números do passivo acumulado.
Preparem-se para o pior: este pesadelo pode durar mais três anos. É urgente parar com isto. É urgente promover a limpeza. Se os partidos não são capazes, organizem-se os cidadãos.