Vamos então explicar com limões, que são mais ácidos. Imagine-se que o MP descobria, nas suas investigações, que uma empresa que tinha financiado a primeira campanha de Carmona e corrompido ou tentado corromper a anterior gestão autárquica tinha contribuído financeiramente para a campanha do Dr. Costa, como é?
Mais uma ajuda. A Drª Morgado, e o Dr. Saldanha Sanches, têm dito repetidas vezes que a corrupção nas autarquias é mais do que muita, e que se faz, entre outras formas, pelo financiamento das campanhas. Conseguem agora ver a relevância de um director financeiro de uma campanha? Ninguém disse que o cavalheiro corrompeu, foi corrompido ou sequer conehce alguém que tenha sequer pensado em tentar semelhante coisa. Quando quiser dizer isso digo-o,não ando à volta. Aqui fala-se de princípios.
Ora bem, parece que os comentadores acham que há uns seres acima de qualquer suspeita que, portanto, estão dispensados dos princípios que por norma se aplicam a todos os mortais - em particular aos que andam na política - e que são os de cumprir algumas regras para evitar suspeições, dúvidas, embaraços, situções pouco claras e quejandos.
Concluindo, têm razão numa coisa: por mim me julgo: em idênticas circunstâncias, ou não seria mandatário financeiro ou não seguiria esse caso. Aquela coisa da mulher de César tem importância. Para quem acha que não há gente "acima ou abaixo de quaisquer suspeitas", claro.