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Em 2003, antes de Dalila Rodrigues ser nomeada Directora, o Museu Nacional de Arte Antiga tinha recebido 71.973 visitantes. No ano passado foram 192.452. As receitas do museu passaram de 250 mil euros, em 2003, para um milhão e 109 mil euros, em 2006.
Aos números podem juntar-se as memoráveis exposições temporárias (colecção Gustavo Rau, o brilho das Imagens, o extraordinário enquadramento expositivo da aquisição da pintura Ecce Homo de Frei Carlos), o dinamismo com que organizou a noite dos museus, a angariação de mecenato e a forma contemporânea de abrir o museu à cidade e às pessoas.
O que é que a Ministra da Cultura faz, perante este caso de sucesso de um dos nossos mais prestigiados "equipamentos culturais"? O mesmo que fez ao celebrado ex-director do São Carlos: manda embora.
Porquê? Porque estes dois gestores e programadores culturais tiveram a audácia, a insolência, o desplante de terem opinião própria. Pior, não só pensaram pela sua própria cabeça como se atreveram a ter sucesso, a demonstrar que sabiam o que faziam. Uma provocação assim não é admissível neste ministério da cultura.