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Em complemento do comentário retroactivo do Carlos, aqui em baixo, lembro que, na resposta ao Acórdão do Tribunal Constitucional, Vitalino Canas - depois de se congratular por o Tribunal não condenar a quebra do sigilo bancário (como se fosse isso, tout court, que estava em causa e como se o levantamento do sigilo não estivesse já previsto e regulado na lei) - veio assegurar que "não ficou surpreendido com a decisão" e que o PS irá "conseguir uma solução que garanta o respeito pela constituição e ao mesmo tempo o combate à fraude e evasão fiscal".
Cabe, então, perguntar por que razão o PS, sabendo da probabilidade do chumbo e conhecendo, pelos vistos, os parâmetros de "uma solução que garanta o respeito pela Constituição", não formulou essa mesma solução desde o início. Pode ter sido por distração ou preguiça. Eu cá acho que foi por chico-espertismo, a ver se colava ou se os juízes do TC, num improvável assomo de funcionalismo, faziam figura de Margarida Moreira.
No fundo, o PS gosta tanto desta Constituição quanto eu. Só que em sentido contrário.