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Há trinta anos foram as primeiras eleições autárquicas pós revolução. Na minha opinião, a única coisa que há para comemorar é o facto em si, ou seja, poderem ser os cidadãos a escolherem os seus órgãos de governo local.
Passados trinta anos constato que a nossa experiência de poder local foi absolutamente desastrosa. Basta conhecer, minimamente, o país para constatar que houve uma sistemática destruição da nossa paisagem provocada pela ignorância, impreparação e desleixo dos detentores do poder autárquico. As autarquias transformaram-se em autênticas agências de emprego para as estruturas partidárias locais. Constituíram-se milhares de empresas municipais que, na sua esmagadora maioria, servem para exercer funções que são da responsabilidade das autarquias não servindo para outra coisa que não seja arranjar mais empregos e duplicar salários aos detentores de cargos autárquicos. Grassa a corrupção, o compadrio e o nepotismo.
É urgente repensar toda a estrutura de poder local.