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"Temos que perder a vergonha de buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro"
Esta frase não foi proferida por Nicolas Maduro ou Fidel Castro, ou outro qualquer tiranete saído das catacumbas do socialismo real, tão apreciado pelos radicais portugueses, mas sim por Mariana Mortágua, a ministra sem pasta deste governo. Aplaudida por dirigentes socialistas, Mortágua desafiou mesmo o "PS pensar sobre o que representa o capitalismo e até onde está disposto a ir para constituir uma alternativa global ao sistema capitalista", provavelmente a pensar nos sucessos alcançados em países como a Venezuela ou Coreia do Norte, duas conhecidas alternativas ao capitalismo.
Ainda esta semana, a ministra Mortágua anunciou com pompa e circunstância um novo imposto a ser aplicado aos malditos capitalistas, secundada pelo PCP, que também quis assegurar que estava comprometido com o saque fiscal e informou que também eles têm novo imposto para apresentar. João Galamba e outros membros do bloco de esquerda socialista fizeram questão de defender o saque Mortágua - como Rui Moreira, parceiro do PS Porto lhe chamou – enquanto um ou outro socialista se mostrava horrorizado por PVEC (Processo de Venezuelização em Curso). Já António Costa, balbuciou que não discutia nada sobre o Orçamento de Estado enquanto este não fosse apresentado, ignorando certamente o que a sua maioria andava a discutir pelo país. Já o espantalho que ocupa formalmente o ministério das finanças afirmou que a sua principal missão era evitar o segundo resgate, o que não se afigura fácil com a extrema-esquerda a guiar o barco da geringonça. A reação dos juros a esta semana de devaneios radicais não foi famosa. O que acontecerá quando a torneira do BCE fechar-se? Pois, ninguém sabe.
Não sei o que vai acontecer daqui para a frente, mas os sinais começam a ser evidentes que grande parte da geringonça suspira pelo chavismo venezuelano. Ou surgem mais "Ascensos Simões" neste PS ou então o PVEC poderá ser mesmo uma realidade. Depois não se queixem que não sabiam de nada e que eles não avisaram ao que vinham.