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Sexo. Sexo é tema onde ainda existe grande clivagem ideológica entre a esquerda e o social-marialvismo. No social-marialvismo não queremos saber quem dorme com quem. Na esquerda insiste-se que é preciso formar o povo na variedade da oferta e na sua diversidade. Insiste-se que é preciso instruir esta gente pouco experimentada na multiplicidade das opções. Como se estivessemos a falar de alimentação saudável. No social-marialvismo deixamos o quarto para quem está no quarto. Na esquerda acredita-se na engenharia social e no papel do Estado enquanto grande educador da classe operária. Enquanto regulador de hábitos, promotor da iniciativa privada, da livre concorrência e do acesso ao mercado. Introduz-se o conceito de sexualmente correto espécie de declinação do politicamente correto para este setor. No social-marialvismo o quarto é de quem o trabalha. Na esquerda estes assuntos devem ser regulados por um Estado forte. Quem dorme com quem, quando dorme e como dorme passam a ser assuntos passíveis de regulamentação. O quarto é tema parlamentar para ser vivido, discutido e consensualizado na ágora. Em nome desta admirável terraformação as nossas camas viram assunto constitucional numa maravilhosa ménage a trois com o Estado na qual só faltam as inspeções periódicas para garantir que o cidadão passou a gostar de tudo.