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Correia de Campos chumba na eleição para a concertação social
(Julho de 2016)
Durante quarenta anos existiram pequenas tradições que se mantinham em nome da dita "estabilidade". Não falo nos pactos de regime a propósito da educação ou da justiça. Nada disso. Falo de coisas mais pequenas, mais simples. Os partidos do arco da governabilidade discutiam, insultavam-se mas não mexiam nesses informalismos. Porque esses informalismos eram a base para que se entendessem em questões de regime (europa, nato, constituição...). As questões "sagradas" que fizeram de Portugal uma "democracia de estilo ocidental". Cheia de defeitos. Mas uma democracia de estilo ocidental. Agora Costa avança com Ferro Rodrigues. Fim do mais antigo (e último) acordo de regime. O partido mais votado deixou de eleger o Presidente da Assembleia. E com este pequeno gesto, que não tem utilidade prática nenhuma, Costa demonstra que não são bloquistas e comunistas que ficam mais próximos do PS. São os socialistas que ganham tiques de bloquistas. Depois deste gesto é a selva. Já não discutimos um governo da coligação ou de esquerda. Discutimos o tipo de país que temos.