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Assunto encerrado. Ponto final parágrafo.
Foi com esta tirada que Marcelo Rebelo de Sousa quis dar por encerrado o assunto em torno da Caixa Geral de Depósitos, as trapalhadas que envolvem António Costa, Mário Centeno, António Domingues e o próprio presidente da República.
Percebe-se o nervosismo. Afinal de contas, Marcelo estará mais envolvido no caso do que se pensava, ou o próprio gostaria, e andar a remexer no assunto - com os mais famosos SMS desde que Jorge Jesus e Talisca trocaram mensagens no início da temporada passada no centro da polémica - só evidenciaria que o sentido de Estado de António Costa, Mário Centeno e Marcelo Rebelo de Sousa não é tão grande como os próprios gostariam de admitir, com PCP e Bloco de Esquerda a alinharem no circo, evitando que a Comissão de Inquérito à Caixa investigue em profundidade até onde vai esta pouca vergonha.
Mas esta tirada ganha especialmente relevo depois de recordar as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, há pouco mais de um mês, na cerimónia de abertura do Congresso de Jornalistas, classe de que o próprio presidente da República em tempos fez parte.
Recordo apenas esta citação: "O jornalismo só tem poder se nunca se vergar aos poderes vigentes, formais ou informais".
Ora, como é que alguém pode dizer isto e, um mês depois, querer dar por encerrado um assunto que ainda tem muitas questões para ser feitas, como recorda o jornalista Diogo Cavaleiro, do Jornal de Negócios?
O PR dá os assuntos por enterrados. São-lhe feitas perguntas sobre o tema e repete que já não há nada a falar. Mas se ainda há perguntas...
— Diogo Cavaleiro (@diogocavaleiro) February 19, 2017
Não é isto mesmo tentar vergar o jornalismo à vontade de um poder que procura, desesperadamente, evitar que se saiba o quão podre está por dentro?