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deve ser um problema meu

por Rodrigo Moita de Deus, em 18.08.17

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Em Pedrógão Grande houve hoje sessão pública para a entrega de cheques. Salão Nobre da Câmara Municipal, televisões e os mais altos representantes do Estado Português. Houve abraços, aplausos e palmadinhas nas costas. E as pessoas agradeceram os cheques, as televisões filmaram e os representantes do Estado sorriram. Morreram dezenas de pessoas porque o Estado falhou miseravelmente. Falhou miseravelmente naquela que é a sua função essencial: proteger-nos. O Estado serve, fundamentalmente para isso. Não é para ter bancos, nem construir autoestradas, nem passar cheques. Deitem fora metade dos debates parlamentares. O Estado serve, antes de tudo o resto, para proteger-nos. E falhou. Falhou e ninguém no Estado pediu desculpa. Um pedido de desculpa que seja. Mas houve sessão pública para entregar uns cheques. E para nós agradecermos. E nós agradecemos. E toda a gente acha normal. Este não é um problema de partidos, nem de governos ou ministros. É mesmo um problema de mentalidade. Da nossa mentalidade. 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Augusto Tinoco a 19.08.2017 às 14:30

O papel principal do Estado é proteger-nos? Fiquei baralhado. Se comunista assanhado em que em vez das pessoas limparem os espaços, o Estado que o faça. Ou então salazarista convicto do Estado protector.

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