De António Melo a 04.04.2020 às 21:01
Para um jornalista com obrigação de informar com verdade é lamentável que pretenda manipular a situação. É evidente que a formação política do povo não tem comparação com a que é necessária para entender em curto espaço de tempo a perigosidade e as possíveis consequências de um comportamento menos correcto na prevenção de uma catástrofe evidente. Não há tempo para formar as pessoas. Foi preciso agir. Pena que em certas circunstâncias não tivesse sido mais cedo.
De Anónimo a 05.04.2020 às 10:12
Mas podiam ter agido bem, como a Coreia do Sul, e não acabar com a economia. Preferimos imitar as medidas de um pais não democrático e ignorar as medidas de um país democrático que, ao lado do epicentro, tem tantos casos como nós e metade das mortes...
De António Melo a 05.04.2020 às 12:19
Sem querer entrar em polémica pois não pretendo meter a política no assunto.Já que toma como exemplo a Coreia, posso citar-lhe três ou quatro países democráticos onde não quiseram trazer consequências à economia e veja as consequências. Inglaterra, Itália, Espanha, Estados Unidos, Brasil. A Coreia não travou a economia mas utilizou métodos, tal como a China que não são tolerados nos países ditos democráticos, nomeadamente o controle dos cidadãos por telemóvel.Aguardemos para ver o que vai resultar. Ao contrário dou-lhe como exemplo China, que com a política de aplicar medidas de contingência, travou a pandemia e agora auxilia os outros países. Mas é claro. Somos um país de livre opinião e expressão. Já viu o que era se todos gostássemos de azul? Assim, há o laranja e o vermelho como alternativas. Cumprimentos democráticos.
De Anónimo a 05.04.2020 às 18:53
Felizmente gosto de vermelho, mas não sou anti-azul como alguns! Mas no que respeita às medidas tomadas, vale a pena ver o documentário "coronavirus" que já passou algumas vezes no Odisseia. A principal diferença da Coreia do Sul é que estava preparada para responder a pandemias. A geolocalização dos infectados é apenas uma medida no meio de várias. O uso generalizado de máscaras, câmaras termicas nos aeroportos, testes generalizados - 10.000 ppr dia quando em Portugal não chega aos 2.000 - procedimentos bem definidos para tudo e mais alguma coisa - desde hospitais, a escolas, etc. - Eles começaram a comprar equipamento médico para aumentar stocks quando surgiram os primeiros casos na China. Aqui nem máscaras havia para o pessoal de saúde... Mas, continuo a dizer, o principal foi manterem a economia a funcionar. Isso vai poupar uns milhares de vidas, em Portugal vamos assistir a um aumento de mortes de outras patologias derivadas da falta de salubridade, de aquecimento nas casas ou de dinheiro para medicamentos, ou por causa de consultas que não se realizam, tratamentos que não se fazem, assistência que não se presta. E os países que se confinaram, à excepção da China ditatorial, continuam a ter cada vez mais casos de infecção. A Coreia do Sul travou a progressão com menos custos futuros. E era isso que eu queria para o meu país. Eu não vou passar fome - nem o caro amigo vai, concerteza - mas infelizmente muita gente vai passar à conta desta opção de combate...
De António Melo a 06.04.2020 às 10:19
Afinal estamos ambos mais ou menos de acordo quanto aos métodos de combater esta pandemis. A diferença está em que o meu caro aponta quase só o que está mal e eu vou um bocadinho mais longe. Avalio a razão da existência das impossibilidades em resolver situações. Depois caímos na forma de ultrapassar essas impossibilidades. Aí as opiniões variam novamente.Noto nota-se nas suas críticas que não apoia este governo e a sua forma de governar. Eu entendo que embora o Governo não seja do meu agrado, também não encontro alternativas.
Quanto a mim comparo a situação com o cidadão normal que foi apanhado pela chuva e ficou encharcado porque não tinha protecção. Não tinha chapéu de chuva porque não lhe chegou o dinheiro para isso. No entanto fumava e para isso o dinheiro sempre ia chegando.
Agradeço as suas respostas apesar das nossas diferenças de cor.