31 da Armada

É raro falar com desconhecidos – chamem-me snob –, mas hoje a conversa proporcionou-se. Por mim falo, não é a chuva que me impede de ir trabalhar ou beber café.

Enfim, isto está bom para os que estão em casa descansados (RSI) – 1500 euros limpos não é nada mau – e para os doutores.

Os doutores e as doutoras.

Pedro Pereira: "Quando mais tarde o país compreender isto, maior será o preço pago pelos portugueses."

Lusa e "Público", como patente: "A coordenadora do BE frisou ainda ser muito importante explicar à população que 'todas as baixas ou isolamentos profilácticos' devido à covid-19 são pagas a 100%."

Parte do problema está identificado.

Diz-se meter baixa...

"i": "(...), Tiago Brandão Rodrigues garantiu que até dia 15 de novembro serão distribuídos os primeiros 100 mil computadores aos alunos abrangidos pela ação social escolar nas escolas TEIP, (...)."

Os números falam por si.

Em jeito de conclusão, devo dizer que as pessoas – as que podem – só precisam de uma boa desculpa para ficar em casa. Pôr números e/ou percentagens a circular costuma, e mais uma vez se prova, dar frutos.

Há empregos que ninguém quer...

"Público": "No jogo em questão - que não é identificado no estudo, mas que terminou empatado a três golos -, foram analisados os posicionamentos e movimentações dos jogadores e árbitros, através de um sistema com câmaras super-HD e tecnologia de processamento de imagem patenteada."

Resumindo e concluindo.

Li o texto da jornalista do "Público" e ouvi, excepcionalmente, Marques Mendes, que ninguém reconhecerá apenas pelo último apelido. O que o comentador disse, de facto, é que "o Bloco a fazer oposição é eficaz".

É mesmo?...

Num outro registo, que não sou obrigada a identificar – era só o que faltava –, o comentador disse que "é muito eficaz". Aliás, "apontou": "(...) o BE a fazer oposição 'é muito eficaz', (...)."

O que está dito está dito.

Marcelo Rebelo de Sousa, em entrevista: "(...) Porque eu fui analista numa encarnação anterior e sei o que é uma pandemia. Ou melhor: sabia o que eram epidemias. Sei o âmbito desta pandemia. Falei com chefes de Estado. Ouvi aquilo que o senhor primeiro-ministro me contava de chefes de Governo. Percebi como eles estavam. E o que sentiam. E o que os preocupava. Portanto, nunca deixou de preocupar. Simplesmente, no momento de decidir (eu aí) sou muito frio. Decido, friamente: uma coisa ou outra. Não tenho estados de alma."

Seja o que Deus quiser.

Contra factos não há argumentos. Porém, nem toda a gente será capaz de interpretar o enunciado. Há uma doença, estou certa, que não tem cura. Designadamente, a preguicite aguda.

Bebi café num estabelecimento que até desinfecta as moedas. Não são os 270 euros do apoio que mantêm uma casa aberta. Seria melhor fechar de vez.

Fiz-me entender?