Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ontem não foram só os Portugueses que festejaram. Ontem foi toda uma comunidade da língua portuguesa a celebrar, nas ruas de Lisboa, de Cabo Verde até às de Dili (quem não se emociona com aquelas imagens dos nossos irmãos timorenses?). Portugal é um país com mais de 800 anos de história e ontem os nossos 23 heróis e toda a equipa técnica ofereceram-nos talvez uma das maiores alegrias colectivas que já vivemos. Sim, é verdade, o futebol faz isto a muitas pessoas. Depois das lágrimas de Eusébio no Mundial de 66 (que bela homenagem que lhe fizeram os jogadores no regresso a Portugal) e passados 50 anos, chegamos ao título internacional que perseguíamos desde então. Que nos esqueçamos por uns instantes da crise e dos momentos difíceis que estamos a passar e festejemos a épica vitória deste domingo. O jogo, esse teve uma história que poucos Portugueses irão esquecer. A maldade que fizeram ao Cristiano, com ele a abandonar o relvado em lágrimas, foi talvez o momento do jogo. Não, desta vez ninguém nos vai tirar o título, disseram em uníssono os jogadores e secundados por milhões em casa. E o que dizer daquela bola ao poste no fatídico minuto 92, onde por segundos tudo parecia que iria terminar? E o Éder, esse mal-amado de tantos de nós que, sozinho, marcou o golo das nossas vidas? Todo aquele lance é genial: o jogador francês parece que olha para o Éder a pensar: “este? Fica lá sozinho com a bola que nem chutar sabes” e afasta-se dele; o herói improvável, apanhando-se em frente à baliza mas ainda a uma distância considerável, chuta e coloca milhões a festejar. O resto é história.