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O populismo, de esquerda ou direita, cresce por toda a Europa. Ontem o Reino Unido, num referendo democrático, e por isso totalmente legítimo, votou pela saída da União Europeia, um dos projetos políticos mais brilhantes que a humanidade já realizou. Isto não quer dizer que está isenta de erros: comete muitos. Mas os problemas resolvem-se dentro de casa e a saída nunca é a melhor opção. Infelizmente, essa foi a opção dos ingleses. Mas o que este referendo nos mostrou, com uma campanha populista pela saída do Reino Unido e liderada pelo xenófobo Nigel Farage, é que os extremismos estão a ganhar terreno em todo o lado. Em Espanha temos o Podemos chavista do Pablo Iglesias com possibilidades de ganhar as eleições do próximo domingo; em França a extrema-direita da Le Pen cresce todos os dias; em Itália os populistas do Movimento 5 Estrelas ganharam a câmara da capital; na Áustria um candidato de extrema-direita esteve quase a ser eleito Presidente. E muitos mais exemplos temos destes na Europa. E até nos Estados Unidos este fenómeno é bem visível, com o inacreditável Donald Trump a obter a nomeação do Partido Republicano. São tempos negros os que vivemos, mas os partidos tradicionais das democracias têm a obrigação de convencer as pessoas que só a moderação, mais à esquerda ou mais à direita, pode garantir-nos a manutenção de uma sociedade forte e saudável. E aqui temos um forte argumento: nunca soluções políticas radicais trouxeram desenvolvimento e prosperidade às sociedades; pelo contrário, o radicalismo sempre nos colocou perto do abismo. Tem sido essa a história da humanidade. E esse será o grande combate desta geração: derrotar aqueles que defendem as velhas soluções do passado travestidas por novas e que nos querem impor os extremistas.